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Bolsonaro congela preço do diesel depois de reajustes de 27% no ano

Publicado em Economia

Numa jogada de marketing para tentar acalmar o ânimo dos caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro anunciou, em live nesta quinta-feira (18/02), que a Petrobras congelará os preços dos diesel por dois meses. Ele omitiu, no entanto, que o congelamento veio depois de um reajuste superior a 27% no combustível neste ano.

 

Ou seja, antes de o presidente anunciar o congelamento, a Petrobras garantiu sua margem de lucro. A estatal conseguirá atravessar esses dois meses sem ter perdas com o diesel. O que é da empresa está garantido.

 

Portanto, não há nada a comemorar por parte dos caminhoneiros. Na verdade, eles estão sendo engambelados por Bolsonaro, que diz esta fazendo algo em favor da categoria. Não está. O que o presidente anunciou foi uma ação política.

 

O mais recente aumento do diesel entrará em vigor nesta sexta-feira (19/02). A Petrobras informou que o reajuste nas refinarias foi de 15% apenas desta vez. É muito, o que confirma que parte do aumento foi antecipado para facilitar o trabalho de Bolsonaro.

 

Brasília,  20h01min