Tão logo o Federal Reserve (Fed) anunciou corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros dos Estados Unidos para enfrentar os efeitos econômicos do novo coranavírus, as bolsas de valores de todo o mundo dispararam. No Brasil, o Ibovespa, principal índice de lucratividade da Bolsa de São Paulo, saltou mais de 1%. O dólar, que estava acima de R$ 4,50, caiu.
Na Europa, os principais mercados acionários registraram pico de valorização superior a 3%, mas, logo depois, se acomodaram em alta perto de 2,5%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones teve comportamento mais moderado, pois, na véspera, havia antecipado a redução dos juros.
Os investidores acreditam que, com um movimento coordenado dos banco centrais, a economia mundial terá condições de enfrentar melhor o estrago provocado pelo coronavírus. A China, onde o vírus surgiu, aos poucos a indústria começa a produzir novamente. Mas o primeiro trimestre do ano está praticamente perdido.
Céticos
Há, porém, os céticos, que veem pouco espaço para atuação dos bancos centrais, uma vez que, em boa parte das economias desenvolvidas, os juros já estão negativos. É preciso, no entender desses pessimistas, que os governos mostrem capacidade real de enfrentar a Covid-19.
As próximas semanas serão cruciais para ver até que ponto o mundo está preparado para superar o coronavírus. Ainda há muitas dúvidas sobre o impacto do vírus, que atingiu em cheio a Itália e a Coreia do Sul e está praticamente em todo o mundo.
Os analistas acreditam que, no Brasil, o governo vem conseguindo mostrar bom trabalho no enfrentamento do novo coronavírus. E têm confiança de que o Banco Central também poderá seguir o Federal Reserve caso perceba que a economia brasileira está afundando.
Vamos ver o restante do dia no mercado para ver até que ponto os investidores vão digerir a ação do Fed e dos demais bancos centrais do mundo. O que ninguém espera é inação ante à emergência que se colocou no caminho de todos.
Brasília, 12h11min