ROSANA HESSEL
A montanha russa do mercado acionário está a pleno vapor neste ano eleitoral e junho foi o pior mês do ano para a Bolsa de Valores de São Paulo (B3), que encerrou o sexto mês de 2022 no vermelho e abaixo de 100 mil pontos. As perdas acumuladas das empresas listadas na B3 somaram R$ 434,3 bilhões, no primeiro semestre, mas, apenas em junho, a desvalorização foi maior, de R$ 469,1 bilhões.
Os dados são resultado de um levantamento feito a pedido do Blog elo gerente de relacionamento institucional da Economatica, Einar Rivero, com apoio dos dados da plataforma TC/Economatica. O valor das 339 companhias abertas no mercado acionário brasileiro totalizou R$ 3,885 trilhões nesta quinta-feira (30/6).
Os números ainda mostram que as ações da rede varejista Magazine Luiza foi a que mais perdeu valor de mercado no acumulado do ano. Os prejuízos somaram R$ 32,5 bilhões neste semestre.
Em segundo lugar na listagem ficou a Ambev, com desvalorização de R$ 31,7 bilhões no preço dos papéis no mesmo período. A Rede D’Or, no terceiro lugar, registrou R$ 31,2 bilhões em perdas no ano. Na sequência, as ações da Weg e da Raizen tiveram depreciação no valor de R$ 27,4 bilhões e R$ 19,3 bilhões, respectivamente.
Já no ranking de perdas em valor de mercado apenas no mês de junho, a liderança ficou com Vale, seguida por Petrobras e Itaú Unibanco. Os papéis dessas companhias registraram desvalorizações de, R$ 45,7 bilhões, de R$ 32,2 bilhões e R$ 31,1 bilhões, respectivamente.
Na quarta e na quinta colocação das maiores perdas mensais ficaram os bancos Bradesco e BTG, com prejuízos em valor de mercado de R$ 30,9 bilhões e R$ 18,3 bilhões, respetivamente.
O Índice Bovespa (IBovespa) encerrou o pregão de hoje com queda de 1,08%, a 98.542 pontos. No acumulado do mês, o principal indicador da B3 recuou 11,5% e no fechamento do semestre, a variação do índice foi negativa em 5,99%.