Os investidores não dão trégua. Diante da fragilidade do governo, de eleições incertas e do cenário externo, derrubaram a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em quase 1% nesta quinta-feira (14/06). O Ibovespa, índice que mede a lucratividade das ações mais negociadas no pregão paulista, caiu 0,97%, para os 71.421 pontos.
Segundo especialistas, investidores estão aproveitando os ganhos que ainda acumulam no ano na Bolsa para se desfazerem de ações e aplicar os recursos em dólar e em contratos de juros no mercado futuro. Não por acaso o dólar voltou a superar os R$ 3,80 e os contratos de juros dispararam.
Os contratos de juros com vencimento em janeiro de 2019 computaram alta de 0,34 ponto percentual, para 7,6% ao ano. Naqueles com vencimento em janeiro de 2020, a taxa subiu 0,47 ponto, para 9,35% anuais. Nos contratos de janeiro de 2021, houve elevação de 0,40 ponto, para 10,33% ao ano.
Pelo mercado futuro de juros, são de mais de 60% as chances de o Banco Central aumentar a taxa básica (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês (19 e 20). A Selic está em 6,50% ao ano, o nível mais baixo da história.