Bolsa cai mais de 10% e “circuit breaker” é acionado

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ROSANA HESSEL

Em meio ao derretimento do mercado global em uma nova regra de preços do petróleo deflagrada entre Rússia e Arábia Saudita, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) desabou mais de 10% logo no início do pregão desta segunda-feira (09/03) e o “circuit breaker” foi acionado. Enquanto isso, o dólar disparava para novo recorde, de R$ 4,77.

É a primeira vez que isso ocorre desde 18 maio de 2017, quando houve a divulgação da conversa o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e o ex-presidente Michel Temer. Esse dia ficou conhecido como “Joesley Day”.

O circuit breaker é acionado quando a bolsa cai mais 10% e o pregão fica interrompido por 30 minutos, podendo ser retomado em seguida. Mas, se continuar caindo 15%, os negócios são paralisados por mais uma hora. E, se a queda for acima de 20%, a interrupção ocorre por tempo indeterminado.  Em Nova York, esse mecanismo também foi acionado, mas foi retomado e já cai quase 7%.

A confusão entre os dois maiores produtores de petróleo global pode, pela previsão dos analistas, derrubar o barril do óleo para US$ 20. O barril do óleo desabou mais de 20%, o pior desempenho em um dia desde 1991, ano da Guerra do Golfo, sendo negociado em torno de US$ 30.

A piora nas previsões de crescimento da economia mundial em meio ao impacto do novo coronavírus tem deixado o mercado mais tenso. A expectativa é que as revisões para baixo continuem e no mercado há analistas que já apostam em retração do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano.

Vicente Nunes