Bolsa abre em alta e continua acima de 100 mil pontos

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

 

Após conseguir fechar acima de 100 mil pontos na última sexta-feira, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) abriu o pregão desta segunda-feira (13/07) em alta e apresenta oscilações no campo positivo, o que ainda não dá para considerar que esse novo patamar veio para ficar por muito tempo.

 

Os mais otimistas costumam dizer que o “o pior já passou” devido aos indicadores econômicos melhores do que o esperado de maio e de junho. Os mais cautelosos, no entanto, ainda aguardam desdobramentos do combate à covid-19, pois, apesar do afrouxamento das medidas de isolamento em várias cidades brasileiras. Segundo eles, a pandemia não dá sinais de que está controlada no país, tanto em número de casos quanto em número de mortes, que  ronda os 80 mil.

 

Por enquanto, parece que os otimistas estão com mais força, pois ignoraram as preocupações internas em busca de ganhos no curto prazo. Depois de chegar ao pico de 100,8 mil pontos no início do pregão, o Índice Bovespa, principal indicador da B3, estava em 100.761 pontos, às 10h36, passando para 100.725 pontos, às 11h26, com alta de 0,69%. O embalo acompanha as bolsas de Nova York, que também abriram no azul, seguindo o bom humor das bolsas da Europa e da Ásia. 

 

O dólar voltou a subir nesta segunda-feira e era cotado a R$ 5,356, às 11h47, com alta de 0,62%. Na bolsa de Nova York, o fundo EZW que reflete o comportamento das ações de empresas brasileiras em dólar, também abriu em queda. 

 

O Boletim Focus, do Banco Central, revisou as projeções de queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, de 6,5%, na semana passada, para 6,1%, nesta segunda-feira, o que ajudou no clima de otimismo da B3. A mediana das estimativas para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve leve alta, passando de de 1,63% para 1,72% ao ano.

 

O otimismo parece que continua apenas com os investidores domésticos. Até o último dia 8, o volume de saída líquida da B3 de investidores estrangeiros da somava R$ 79,5 bilhões e o volume de entrada não apresentava mudança em relação à véspera, ficando em R$ 1,67 trilhão. Esse dado é muito maior do que a debandada recorde registrada em todo o ano de 2019, de R$ 44,6 bilhões. Naquela época, os estrangeiros detinham R$ 1,89 trilhão em investimentos em ações da bolsa paulista.