ROSANA HESSEL
Os bloqueios antidemocráticos nas estradas orquestrado por um grupo de caminhoneiros bolsonaristas inconformados com derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, no último domingo (30/11), com pedidos absurdos de intervenção militar, já está atrapalhando a economia e pode comprometer o fornecimento de oxigênio nos hospitais, comprometendo a vida de muitos pacientes brasileiros.
Em nota enviada à imprensa, nesta terça-feira (1º/11), a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) informou que acompanha atentamente as notícias e movimentações relacionadas aos protestos e bloqueios de rodovias em diferentes regiões do país. ‘Empresas de diversos segmentos de produção, como gases medicinais, insumos industriais, fertilizantes e outros, veem a situação com muita preocupação. Especificamente no setor de saúde, as manifestações estão colocando em risco o transporte de oxigênio medicinal, destinado a clínicas e hospitais, locais nos quais é utilizado para a manutenção e preservação da vida de pacientes em UTI’s ou CTI’s em estado crítico, ou que estejam sofrendo de crise respiratória”, informou o comunicado da entidade que, por enquanto, não registrou uma ocorrência grave.
“Faz-se necessária a urgente liberação da circulação sem bloqueios no país para que tanto o oxigênio quanto os demais produtos essenciais à vida do brasileiro sigam chegando ao seu destino”, recomendou.
Os bloqueios estão ocorrendo em todo o país, inclusive, no entorno da capital federal. Após a demora da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para desbloquear as estradas, o Supremo Tribunal Federal (STF) partiu para a ação e determinou em plenário o desbloqueio. Após a decisão do Supremo, 192 bloqueios foram desfeitos.