Segundo a pasta, 2,9 milhões dessas vagas mantidas no mês passado são referentes aos contratos assinados em 2020. Outros 208,9 mil, de acordos firmados entre os dias 28 e 30 de abril, após a reedição do BEm no mês passado. Com isso, 3,1 milhões de vagas preservadas pelo programa, considerando as duas edições.
Já no mês de maio, outros 1,7 milhão de acordos foram assinados até o dia 17. Ao todo, foram assinados 1,9 milhão de contratos, conforme os dados preliminares da pasta referentes à nova rodada do BEm.
O BEm é um programa que permite a redução da jornada ou de salário e garante um auxílio ao empregador, que tem o compromisso de manter o trabalhador empregado pelo mesmo período em que durar o acordo. No ano passado, esse socorro ao setor produtivo ajudou a preservar 10 milhões de empregos e foram desembolsados R$ 33,5 bilhões com o programa.
Na nova edição do benefício, que só entrou em vigor no fim de abril, estão previstos cerca de R$ 10 bilhões em gastos públicos, sendo que, R$ 5,4 bilhões já foram comprometidos, de acordo com dados do órgão. Dos 1,9 milhão de acordos firmados, pouco mais da metade, 1,1 milhão, prevê a redução de salários de 25% a 70%. Além disso, o setor de serviços responde por 1,017 milhão dos acordos firmados, seguido por comércio, com 493,7 mil.
Os números foram apresentados pelo Ministério da Economia, hoje, durante a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empegados e Desempregados (Caged). Em abril, foram criados 120.935 mil empregos formais, dado 31,8% inferior ao volume de março, quando foram geradas 177.352 vagas com carteira assinada.
Durante a apresentação dos dados do Caged, o ministro da Economia, Paulo Guedes, minimizou a desaceleração na geração de vagas formais e destacou que “todo mês estão sendo criados empregos” no país. De acordo com ele, quase um milhão de postos de trabalho foram criados desde janeiro deste ano, em um sinal da retomada da economia após a recessão provocada pela pandemia da covid-19 no ano passado, quando o Produto Interno Bruto (PIB), encolheu 4,1%.
“No primeiro grande impacto (da pandemia) da perdemos quase 800 mil empregos (em abril do ano passado). Depois, começamos uma recuperação e essa recuperação prossegue”, disse o ministro, durante a entrevista virtual a jornalistas. Ao comentar sobre os dados de abril e o acumulado de 957.889 vagas novas no primeiro quadrimestre do ano, ele acrescentou que, “o país criou 2,2 milhões de empregos formais desde julho do ano passado”.
“O interessante é a força da recuperação criamos, um milhão de empregos em 2020, e estamos nos aproximando de quase um milhão nesses quatro meses”, disse Guedes. Ele reconheceu que o ritmo de criação de emprego em abril “foi mais lento”, devido à segunda onda da pandemia da covid-19 que provocou um grande impacto com um grande número de mortes no país. “Ainda assim prossegue forte o mercado de trabalho”, assegurou. De acordo com o ministro, a continuidade desse ritmo de criação de emprego está atrelada ao avanço das reformas e da vacinação em massa.