POR ANTONIO TEMÓTEO
O Banco Central (BC) não quer deixar dúvidas de que a gestão de Ilan Goldfajn está comprometida com a transparência e com a clareza na forma de se comunicar com o mercado e com a sociedade. Além das mudanças expressivas nos comunicados e na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o autoridade monetária publicou nesta tarde (1/11) uma nota para deixar claro de que não usa palavras-chave para transmitir suas avaliações ou sinalizar futuras ações.
As afirmações do BC são uma reação aos questionamentos que os diretores da autoridade monetária receberam ontem e hoje de economistas durante a reunião trimestral entre integrantes do Copom e do mercado em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ). A nota ainda detalha que informações ou opiniões atribuídas a membros do Copom ou a “técnicos” do BC não compõem a comunicação oficial e não devem ser encaradas como manifestações da autarquia.
Essa forma de comunicação era muito comum nas gestões anteriores da autoridade monetária e era frequente enquanto Alexandre Tombini comandava o BC. Entretanto, o mercado sabe que, nos momentos em que o Copom precisa mandar algum recado, são comuns os casos em informações são atribuídas a “técnicos” da autoridade monetária.
Além disso, são os excelentes técnicos e analistas da autarquia que, em anonimato, costumam detalhar o que, de fato, ocorre nos bastidores do BC e quais são as medidas que a autoridade monetária tomará para tentar cumprir seu papel fundamental, de controlar o poder de compra da moeda.