POR ANTONIO TEMÓTEO
Que a taça básica de juros (Selic) vai cair nesta quarta-feira, todas as paredes do Banco Central já sabem. Mas, apesar do cenário positivo apresentado hoje, primeiro dia do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), a diretoria da instituição ainda se mostrou dividida diante do tamanho do corte.
Um grupo defende redução de 0,5 ponto percentual, certo de que a inflação vai continuar caindo com força nos próximos meses e que o governo precisa dar algum estimulo à economia, que continua muito fraca.
Outra ala defende redução de 0,25 ponto, alegando que, depois de tantos anos de inflação alta, é preciso ir devagar, para que o BC não seja obrigado a interromper o ciclo de queda dos juros nos próximos meses. Esse grupo não descarta um corte maior em novembro, de 0,75 ponto, se todas as previsões otimistas se confirmarem.
Presidente do BC, Ilan Goldfajn acredita que é possível chegar amanhã com o grupo fechado em uma única posição. Para ele, a unidade nas decisões do banco neste momento é muito importante no sentido de reforçar a credibilidade da política monetária.
Brasília, 18h30 min