POR ANTONIO TEMÓTEO
O Banco do Brasil (BB) estima que a economia brasileira crescerá 0,7% em 2017. Mesmo essa tímida recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) será suficiente para que a carteira de crédito da instituição financeira, que acumula queda de 6,9% até o terceiro trimestre de 2016, volte a crescer.
Para o presidente do BB, Paulo Rogério Caffarelli, as linhas para empresas, para o agronegócio, o crédito consignado e o imobiliário serão as principais modalidades de financiamento que puxarão a retomada.
Apesar de acreditar em uma recuperação do mercado de crédito, ele garante que nem o BB nem a Caixa Econômica Federal devem liderar o processo de queda de juros com a continuação do ciclo de flexibilização da política monetária, iniciada pelo Banco Central (BC). “No passado, essa ação se mostrou ineficiente e não foi frutífera. Não há pressão do governo para redução dos juros”, diz.
No entender dele, a queda de juros ocorrerá de maneira sustentável, sem uma determinação do governo, pois há uma pré-disposição das instituições financeiras públicas e privadas de reduzirem as taxas cobradas, na medida em que BC cortar a Selic.
Ele ainda destaca que o BB pretende melhorar os spreads, reduzindo os custos de captação para melhorar as margens. “Faremos isso sem aumentar a taxa final para o consumidor”, comenta.