» O governo quer resolver, o mais rapidamente possível, um imbróglio que se arrasta há décadas: as perdas provocadas pelos planos econômicos na caderneta de poupança. Pelo acordo que vem sendo costurado, os poupadores receberiam entre R$ 11 bilhões e R$ 12 bilhões, dinheiro que seria injetado na economia.
Passo adiante
» Envolvidos nas negociações, representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), do Banco Central, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), da Frente Brasileira dos Poupadores (Febrapo) e da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) se reuniram na segunda-feira, 14, pela primeira vez em conjunto, para discutir o tema.
Resistência perto do fim
» Os bancos públicos, mais precisamente a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, já deram sinal verde para o fechamento do acordo. Como serão os responsáveis pelas maiores indenizações, abriram uma avenida para a correção dos depósitos. A resistência continua nas instituições privadas. Outra reunião está marcada para sexta-feira, 18.
» A decisão está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), que tende a dar parecer favorável aos poupadores, apesar do lobby fortíssimo que, ao longo dos últimos anos, foi feito pelo sistema financeiro, que chegou a dizer que quebraria se as perdas aos poupadores fossem repostas.
Os prejuízos aos detentores de caderneta de poupança foram causados pelos constantes e fracassados planos econômicos editados nos anos de 1980 e 1990. O governo surrupiava uma parte dos rendimentos, alegando que os ganhos maiores tinham por objetivo ajudar no controle da inflação.