Balestrini foi reintegrado nesta quarta-feira (24/02). Ele foi demitido sem nenhum direito em agosto de 2020, acusado de irregularidades em um processo de desligamento de funcionários da instituição. Com ele, outro auditor, Alexander Pires, foi demitido e seis perderam as funções, sendo rebaixados a escriturários.
Ao ter os direitos reconhecidos pela Justiça, Balestrini se mostra aliviado e afirma que sua honra está sendo restabelecida. “Além de não ter havido fraude, o processo disciplinar foi conduzido de forma irregular. A decisão dá início à reparação da injustiça que fui vitimado e que ainda faz sofrer minha família e amigos. Além da minha honra que está sendo restabelecida, penso que a decisão faz acreditar na Justiça, e que não basta às pessoas terem poder para impor seus desejos e sofrimentos aos outros”, diz.
Presidente do Conselho sob suspeita
O Banco do Brasil confirma a reintegração de Balestrini a seus quadros, mas não revela em que função. Funcionários da instituição, que reconhecem a injustiça em relação ao colega, garantem que ele voltou como auditor, mas sem poder de decisão.
A percepção dentro do BB é de que toda a confusão criada em torno da demissão dos auditores — medida rechaçada pela Controladoria-Geral da União — tem um responsável: o presidente do Conselho de Administração do banco, Hélio Magalhães.
Magalhães está no alvo da CGU, que assumiu a responsabilidade de apurar o que realmente ocorreu no Banco do Brasil. Foi com base em um relatório do órgão que a Justiça mandou a instituição financeira a devolver o cargo de auditor a Balestrini. O presidente do Conselho de Administração do BB pode se preparar para uma boa dor de cabeça.
Brasília, 18h15min