POR ANTONIO TEMÓTEO
Não é à toa que o presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, está correndo contra o tempo para enxugar a estrutura da instituição e torná-la mais rentável. Ele quer afastar a necessidade de o BB ser socorrido pelo Tesouro Nacional a partir de 2018.
Da forma como está hoje, o BB só ficará enquadrado no acordo da Basileia até o fim de 2017. A partir daí, a instituição teria que ser capitalizada pelo Tesouro Nacional, o que o ministro da Fazenda, Henrique Meirrelles, rechaça por completo.
Por lei, os bancos devem ter, no mínimo, uma reserva correspondente a 11% de seu patrimônio. É uma forma de evitar o risco de quebra. No Brasil, esse limite é maior que a média mundial, de 8%, definida por meio de um acordo internacional firmado na Basileia, Suíça.
Olhando hoje, o patrimônio de referência do Banco do Brasil está se aproximando do mínimo de 11%. Caso acelere os empréstimos nos próximos meses sem um reforço da capital, chegará ao limite definido de Banco Central.
Brasília, 19h31min