O Banco Central interveio no câmbio durante a manhã, ao oferecer US$ 2,425 bilhões por meio de dois leilões de linhas com recompra. Enquanto o BC esteve no mercado, o dólar teve um comportamento bem discreto. Bastou, porém, a instituição “encerrar o expediente” por causa da partida do Brasil contra a Sérvia para os investidores forçarem a alta da moeda.
Boa parte da alta do dólar decorreu do nervosismo que tomou conta do mercado externo, por causa das ameaças cada vez mais forte de guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. As duas maiores economias do planeta partiram para o enfrentamento e podem provocar estragos em muitos países, inclusive no Brasil.
Também pesou para os investidores buscarem proteção no dólar o medo de que o Supremo Tribunal Federal (STF) solte o ex-presidente Lula. A maior Corte do país está afrontando a Lava-Jato e colocando na rua todos os políticos corruptos que estão presos. Há uma desmoralização total do STF perante a população.
Bolsa de valores
Na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a quarta-feira (27/06) foi de queda. O Ibovespa, índice que mede a lucratividade das ações mais negociadas no pregão paulista, cedeu 1,11%, para os 70.609 pontos. Além do clima pesado no exterior, que arrasou as principais bolsas do mundo, por aqui pesou a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, de que empresas estatais só podem ser privatizadas com aval do Congresso.
Essa decisão pegou em cheio a Eletrobras, cujo processo de venda está empacado. As ações preferenciais (PN) da companhia encerraram as negociações com baixa de 5,05%, valendo R$ 13,72 cada. O desempenho da Bolsa de São Paulo só não foi pior graças às ações da Petrobras, que tiveram alta de 3,18% (as preferenciais) e de 2,70% (as ordinárias).
Brasília, 17h59min