O que o Palácio do Planalto já tinha identificado em pesquisas próprias, levantamento realizado pela XP Investimentos e o Ipespe comprova: o auxílio emergencial de R$ 600 não só estancou a queda de popularidade do governo de Jair Bolsonaro, como indicou melhora na aprovação, que passou de 28% para 30% entre junho e julho.
Bolsonaro está ganhando apoio, sobretudo, da população de mais baixa renda, que foi beneficiada pelo programa social criado para ajudar quem perdeu rendimentos durante a pandemia do novo coronavírus. Enquanto os que avaliam o governo como bom e ótimo subiram de 28% para 30%, os que o consideram ruim e péssimo caíram de 48% para 45%.
Para os ouvidos pela XP/Ipespe, a percepção em relação à economia melhorou. Os que acham que a economia está no caminho errado caíram de 53% para 52% e os que consideram que a economia está no caminho certo aumentaram de 29% para 33% no mesmo levantamento.
Não por acaso, o Palácio do Planalto estendeu por mais dois meses o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 e está dando total respaldo aos programas sociais que vêm sendo preparados pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, como o Renda Brasil, que nada mais será do que o Bolsa Família turbinado.
Bolsonaro cada vez mais confiante na reeleição
Diante dos números que tem em mãos, Bolsonaro, inclusive, jogou fora todo o seu pudor e vai apoiar a proposta de criação de um imposto sobre transações eletrônicas, ressuscitando a CPMF. Ele foi convencido por Guedes de que, com esse novo tributo, o governo poderá turbinar o Bolsa Família e ainda poderá estimular a criação de empregos por meio da desoneração da folha de salários.
Bolsonaro e equipe acreditam que, passado o pior da pandemia da covid-19, e com mais dinheiro no caixa para ampliar os programas sociais, conseguirá garantir a reeleição em 2022. O Planalto identificou que a apoio ao presidente cresceu, sobretudo, no Nordeste, “onde o dinheiro do Bolsonaro” está ajudando muita gente.
O Planalto também credita a melhora na imagem do governo ao fato de o presidente da República ter parado de falar na porta do Palácio da Alvorada, onde sempre criava crise, e de buscar uma conciliação com o Judiciário e com o Congresso.
Brasília, 17h19min