Segundo assessores do presidente, o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro são muito próximos de Crivella e trabalharam pesado para que todas as CPIs e todos os processo de impeachment contra o prefeito não prosperassem na Câmara de Vereadores.
Segundo o Ministério Público, o QG da Propina na Prefeitura do Rio movimentava até R$ 2 milhões por mês em repasses feitos por empresários que têm contratos com a administração carioca. O esquema foi delatado por empresários que integravam a quadrilha.
Flávio e Carlos são do mesmo partido de Crivella, o Republicanos. E explicitaram apoio à candidatura do prefeito à reeleição — ele acabou derrotado. Também o presidente Bolsonaro fez campanha para Crivella, acreditando que, com a vitória dele, aumentaria seu poder no Rio.
Dor de cabeça a Bolsonaro
A grande proximidade de Flávio e Carlos Bolsonaro com Crivella, por sinal, chamou muito a atenção da oposição, que está se movimentando para cobrar explicações do governo. Dentro do Congresso, acredita-se que a prisão do prefeito dará muita dor de cabeça ao presidente da República.
De folga, em Santa Catarina, Bolsonaro está sendo avisado sobre todos os desdobramentos da prisão de seu aliado. O presidente disse a assessores que não pode ser surpreendido pela imprensa em relação ao rumos tomados pelas investigações conduzidas pelo Ministério Público.
Para Bolsonaro, se Crivella continuar preso, faz parte do jogo. O que não quer a levar a crise envolvendo o prefeito para dentro do Planalto. Já basta o escândalo provocado pelo processo das rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio que tem Flávio Bolsonaro como peça central.
Brasília, 14h21min