ARTIGO: Triste data

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Por LUIZ RECENA GRASSI

Pobeda quer dizer vitória em russo. É também o nome de uma das vilas conquistadas pelas tropas do Kremlin nesta última semana. Numa metáfora simples, a vitória que estava na Ucrânia, passou para a Rússia.

Esta é uma alegoria que resume boa parte do balanço sobre os dois anos de guerra entre esses países. Completam o quadro informações isoladas. A Ucrânia enfrenta seu pior momento de fragilidade no confronto.

Armas e munições começam a escassear e a reposição de peças para as máquinas de guerra é lenta ou inexistente. O dinheiro novo parou chegar. O antigo é lento.

O Congresso norte-americano não quer dar mais US$ 60 bilhões para a Ucrânia, e os aliados europeus estão cada vez mais relapsos, além de não terem dinheiro. O que ainda chega a Kiev, além de apoio verbal, são armas prometidas no passado.

Também debandaram os mercenários. Os “voluntários patriotas internacionalistas” começam a dizer que arriscar a vida nas atuais condições por 6 mil euros por mês não vale mais a pena.

Extraoficialmente, até brasileiros estão no local sem que ninguém saiba o número ao certo. Seis já teriam morrido. Da Colômbia, teriam ido mais de 200 ex-soldados treinados pelos Estados Unidos no combate à guerrilha e ao narcotráfico.

Vladimir Putin, presidente da Rússia, tem reeleição quase garantida em março agora. Joe Biden, comandante dos EUA, ainda ainda não garantiu a sua reeleição, cujo o processo será em novembro deste ano.

Os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra a Rússia. São restrições a 500 nomes entre pessoas físicas e/ou jurídicas. Não se sabe o efeito que terão essas medidas. As outras, patrocinadas pela União Europeia, não deram resultado.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia deve crescer 2,6% este ano, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). A Rússia resiste, enquanto seus algozes europeus enfrentam inflação e ameaça de recessão.

Volodimyr Zelensky, presidente da Ucrânia, segue tentando convencer o mundo de que sua causa vale a pena.

Vicente Nunes