ARTIGO: Era uma vez uma situação

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Por LUIZ RECENA GRASSI, de Portugal

O Alto Comando do Exército ucraniano está a preparar mais uma ofensiva contra os russos. É o que disse um general bem influente, em pleno coração de Kiev. Enquanto isso, longe de ameaças quase vazias, os russos atacam novamente e batem forte.  Dois drones contra a Ucrânia servem para fazer um estrago.

Os alemães fazem propaganda, e os húngaros são contrários. E dizem ter muitos soldados. Só para simplificar e botar poucas, mas russas armas, além de lustrar o armamento simples, mas ainda eficientes. A Polônia anuncia reforço de soldados na fronteira. Tenta assustar os russos e, na sequência, constranger a Bielorússia e seu exército, que pode ser pequeno, mas é eficiente.

A maior questão foi a raiva do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, contra o que seria uma ação contrária dos Estados Unidos. O senhor Kuleba, sem perder o vinco das calças nem as suspeitas contra os norte- americanos, saiu a cuspir maribondos por toda Europa. E nisso ficou.

Os ucranianos querem sentir-se fortes, mas não conseguem tudo que querem. O que já conseguiram, consideram pouco. Enquanto isso, vários desses “players” citados estão firmes para comprar armamentos melhores que aqueles entregues à Ucrânia. Quer dizer, o mercado reaquesceu e foi às compras, isto é, às vendas.

Fabricantes da Europa e dos Estados Unidos estão no mercado com armas novas para oferecer e vender. Alguma dúvida? Só uma certeza: quem chegará primeiro, venderá melhor. Com uma especial defesa técnica dos seus armamentos.

O CORREIO SABE PORQUE VIU

Estava lá. As ações da CIA eram terríveis e diabólicas contra o líder brilhante Mikhail Gorbatchov. Certa vez, numa ocasião mais delicada, vozes foram ouvidas dos europeus, dos norte-americanos, sem dúvida; e da burocracia, em especial.

Mas o hábil e bom político articulou, deixando o tema da sociedade ficar limpo, sem nuvens de guerra. Era mais uma tentativa. O ambiente tinha mudado. As pessoas estavam a liberar-se. A limpar a área. Desta e de outras vezes, a CIA não levou.

Foi uma vez num verão. Foi uma repetição. Meus amigos gostavam muito de música. Tudo pela música popular russa. Um deles cantava normalmente, um terceiro cantava melhor, em russo, ao som e letra em espanhol, “Beija-me, beija-me o cu”, que, de tanto eu insistir, acabava cantando para mim no trabalho. E cantava, cantava e cantava, chegando a ficar rouco, sob os aplausos dos demais colegas de redação, durante o serviço. Tudo para o desespero das colegas.

Ainda faltava algum tempo para a chegada da liberação feminina, da parceria homossexual. Um grupo que hoje em dia seria considerado misógeno e uma mistura de outras coisas que não sabemos o nome, se divertiam contando anedotas sobre lésbicas e homos, bem como outras canções. Eles, os meus amigos, riam e me faziam responder a muitas perguntas sobre costumes.

Mas não parava por aí, tinha muito mais. Alguns já arriscavam se aventurar no mundo LGBTQIA+. E, dentro desse quadro, algumas preferências. No caso brasileiro, o ballet Bolshoi era a principal. Nesse ponto, brasileiros e russos fizeram a festa. Muita festa cantando bastante boleros, canções românticas e rocks modernos. E assim, por algum momento, os yankes perderam uma.

Vicente Nunes