Assessor especial da Presidência da República, Arthur Weintraub, irmão do agora ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, também deverá deixar o governo, segundo fontes do Palácio do Planalto. Tudo já foi negociado com o presidente Jair Bolsonaro.
Arthur foi aconselhado por integrantes do governo a se afastar neste momento conturbado para o presidente da República, que está no olho do furação com a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Bolsonaro e do filho dele, Flávio, hoje senador. Queiroz é apontando como responsável pelas “rachadinhas” dentro do gabinete de Flávio, quando ele era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Os irmãos Weintraub se aproximaram da família Bolsonaro durante a campanha eleitoral, ao apresentarem proposta para uma eventual reforma da previdência. Na mesma época, os dois ficaram amigos de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro.
Dentro do governo, são muitas as ressalvas aos irmãos Weintraub, considerados extremamente reacionários. Mas eles são muito bem-vistos pela ala ideológica, que movimenta o apoio do governo por meio das redes sociais.
Ainda não se sabe o destino de Arthur, mas Abraham Weintraub irá para o Banco Mundial, com sede em Washington, nos Estados Unidos. Ocupará uma das vagas que o Brasil tem direito na instituição. Abraham se apresenta como economista.
O agora ex-ministro da Educação teve a cabeça entregue por Bolsonaro, que precisa, urgentemente, reconstruir as pontes com o Congresso e com o Judiciário. Abraham Weintraub é rechaçado dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) por ter chamado os ministros da Corte de “bandidos”, que “deveriam estar presos”.