Nas redes sociais, Villas Bôas assegurou que o Exército Brasileiro compartilha do “anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”. Essa posição, segundo ele, representa a visão do Alto Comando do Exército.
Muita gente viu nas declarações de Villas Bôas um aviso de que o Exército está preparado para intervir caso o STF conceda habeas corpus a Lula e, sobretudo, derrube a prisão em segunda instância. Muitos alertaram para o fantasma de 1964, quando houve o golpe militar.
Entrega de espadas
Vale lembrar que o comando do exército participará nesta quinta-feira, 5, da cerimônia de entrega de espadas para novos generais. Em tempos de normalidade, essa cerimônia passaria em branco. Contudo, depois das declarações do general Villas Bôas, ganhou uma dimensão enorme, pois pode servir para o Exército marcar posição.
Nas redes sociais, Villas Bôas perguntou “quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais? Para ele, a atual situação do Brasil não é aceitável, sobretudo se a impunidade for sancionada pelo Supremo.
Depois de um longo silêncio do governo, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, respondeu ao general. Ele disse que, de zero a dez, é de menos um a chance de se ter um novo golpe militar de 1964 no Brasil. “Não vejo nenhuma força política, à exceção daquelas que são absolutamente minoritárias, propor um retorno ao passado. Ninguém quer isso, e isso não tem o menor curso no Brasil, eu posso assegurar”, disse.
Brasília, 13h01min