POR ANTONIO TEMÓTEO
Em carta encaminhada ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, informou que a queda nos preços dos alimentos explica o porquê de a inflação terminar o ano em 2,95%, abaixo do piso da meta, de 3%.
O regime de metas para inflação prevê que o chefe da autoridade monetária explicará ao ministro da Fazenda os motivos de o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) terminar o ano fora dos intervalos previstos.
Ilan detalhou que a inflação do subgrupo alimentação no domicílio encerrou 2017 com deflação de 4,85%, a maior redução da série histórica do IPCA, que começa em 1989, e a primeira deflação nesse item desde 2006.
Conforme o chefe da autoridade monetária, houve queda de 14,21 pontos percentuais entre o fim de 2016 e o de 2017 na inflação do subgrupo alimentação no domicílio. Ele detalhou que se o subgrupo fosse excluido do cálculo, a carestia teria terminado o ano em 4,54%.