Os postos alegam que começaram a repassar para os consumidores os mais recentes reajustes promovidos pela Petrobras. Na sexta-feira passada (29/06), a estatal anunciou elevação de 1,23% nas refinarias. Nesta terça-feira (03/07), houve incremento de 1,01%. Para os empresários, não há como segurar os repasses.
Para os motoristas, os postos estão se precipitando, pois, desde a greve dos caminhoneiros, a Petrobras anunciou uma sequência de quedas nos preços dos combustíveis nas refinarias. Levantamento feito pelo Correio mostrou, contudo, que nem a metade dessa redução chegou às bombas. Ou seja, os postos aproveitaram para ampliar as margens de lucro.
Segundo os especialistas, os consumidores devem ficar atentos e não aceitarem abusos. Na avaliação deles, não há nada que justifique aumentos exagerados nos preços dos combustíveis. O dólar subiu e as cotações do petróleo no mercado internacional têm sentido o mau humor dos investidores, mas isso não garante grandes variações nas bombas.
A Petrobras usa como parâmetros para os aumentos de preços dos combustíveis o dólar a a cotação do petróleo. Desde julho do ano passado, passou a mexer quase que diariamente nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias. Quando estourou a greve dos caminhoneiros, essa política passou a ser questionada com veemência, a ponto de Pedro Parente pedir demissão da presidência da estatal.
Na avaliação do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, não há razão para manter essa política. Ele defende que os reajustes sejam feitos em 15 ou 30 dias, para dar mais previsibilidade aos consumidores e aos empresários. Essa tese é defendida pelo Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência. (Cade).
Brasília, 15h32min