Para uma das internautas, “todas as mulheres , independentemente da nacionalidade, deveriam pensar duas vezes antes de ingressar em uma universidade que é conivente com crimes contra elas”. Em um comentário seguinte, outra internauta diz que uma instituição “onde mulheres sofrem agressões e os responsáveis não são punidos, não é um lugar adequado para se frequentar”.
Há uma cobrança generalizada por parte dos internautas em relação a um posicionamento oficial da Universidade do Minho. Até agora, a instituição não explicou o porquê de ter inocentado um agressor confesso de uma mulher dentro de suas instalações. Chama a atenção a forma bizarra usada pela instituição para dar um salvo conduto ao português.
Primeiro, o Conselho Disciplinar da Universidade suspendeu o agressor por 30 dias. Em seguida, suspendeu a suspensão por 12 meses. Ou seja, como o curso de mestrado em Comunicação Social, em que Grazielle e João Bernardo estão matriculados, termina no meio ano, nada acontecerá contra o agressor.
Como ressalta mais uma internauta, a Universidade do Minho deveria ser um exemplo para a sociedade, mas, em vez disso, estimula a agressão contra mulheres. Esse caso, acrescenta, mostra “o quanto Portugal precisa evoluir na questão do machismo e da xenofobia” Um outro perfil destaca que a instituição tem um mestrado sobre violência, mas acoberta homens que agridem mulheres.
A agressão do português João Bernardo a Grazielle Tavares ocorreu em 28 de novembro de 2023. O homem se sentiu no direito de avançar sobre a brasileira porque ela o contrariou em um trabalho em grupo da universidade. Desde então, abalada emocionalmente, Grazielle vive à base de medicamentos, com medo constante de ser agredida novamente.