Pelo menos seis casos foram identificados, todos cometidos entre 2020 e 2021, conforme o site Notícias ao Minuto. Apesar da gravidade dos crimes, a única punição ao policial foi sair das ruas e ser alocado na área administrativa da GNR.
Esse não é o primeiro caso em que as autoridades passam as mãos na cabeça de policiais fora da lei. Se os crimes forem cometidos contra estrangeiros, ninguém é efetivamente punido. O racismo e a xenofobia estão impregnados nas polícias de Portugal.
Segundo o Ministério Público português, em 2020, o policial-bandido multou um brasileiro por estacionamento indevido. Quando foi indagado sobre a multa, o agente puxou o motorista para fora do carro, apertou o pescoço dele e o algemou. Não satisfeito, ainda disparou gás de pimenta no rosto do homem, que havia filmado a agressão.
A violência, porém, continuou. O motorista foi levado para um posto da GNR, onde foi chamado de “preto, brasileiro de merda, macaco”, com o agente lhe desferindo socos no rosto. A agressão foi tamanha, que o brasileiro precisou ser levado para um hospital.
Em 2021, solto nas ruas para cometer crimes, o agente da GNR agrediu um caminhoneiro e um outro motorista, todos brasileiros. Sob a alegação de que havia cometido várias infrações na estrada, essa terceira vítima foi levada a um posto da GNR e torturada.
A xenofobia do policial torturador não livrou sequer uma francesa de 65 anos, chamada Fabienne Palisse. Como ela se recusou a fazer o exame do bafômetro, o militar a algemou e, ao longo do trajeto até o posto da GNR, deu-lhe socos no peito e na cara.
O Ministério Público ressalta, porém, que a francesa retirou todas as queixas contra o agente da GNR, temendo represálias. Foram semanas de terror e pânico e muitas dores e cicatrizes pelo corpo. Os policiais portugueses, infelizmente, se sentem acima do bem e do mal.