A real de Portugal: Polícia diz que brasileiro não morreu por agressão de português

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A Polícia Judiciária, que ficou encarregada de investigar a morte do brasileiro Amândio Júnior, de 44 anos, na noite de segunda-feira (28/08), em uma briga de trânsito, diz que o óbito não decorreu das agressões que ele sofreu de um português.

Em nota oficial, a Polícia afirma que, a partir do “exame efetuado ao local (onde Júnior morreu), da recolha de vários testemunhos e da informação médico-legal preliminar, por ora, afasta-se a suspeita de que a morte possa ter sido provocada pela intervenção de terceiros”, ou seja, do agressor.

A Polícia Judiciária ressalta, ainda, que as investigações continuam para o “cabal esclarecimento dos fatos em inquérito, que é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Loulé”. Acrescenta que tomou ações de imediato a fim de esclarecer os fatos.

Golpe de mata-leão

A morte do brasileiro ocorreu em Quarteira, no Algarve. Pelo relato de amigos que estavam com ele, todos voltavam da praia. Quando foram atravessar uma faixa de pedestre, um motoqueiro em alta velocidade quase os atropela.

Juninho, como Amândio era chamado pelos amigos, reclamou com o homem, um português de 39 anos radicado na França, que desceu da moto desferiu um soco na cara do brasileiro e lhe deu um golpe de mata-leão como se quisesse asfixiá-lo. Imediatamente, Juninho caiu e começou a agonizar.

A Guarda Nacional Republicana foi acionada, e agentes tentaram reanimar o brasileiro. No entanto, ele esperou por mais de 40 minutos para o efetivo socorro do Instituto Nacional de Emergência Médica (Inem), o Samu de Portugal. Acabou morrendo no local.

O responsável pela agressão foi liberado pela Guarda Nacional horas depois. Procurado pelo Blog por meio de e-mail, o Consulado do Brasil em Faro, responsável pela jurisdição de Quarteira, não se manifestou até o fechamento desta nota.

Vicente Nunes