A real de Portugal: médicos brasileiros são convocados pelo governo

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O Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Portugal encaminhou cartas convites aos médicos brasileiros para que se candidatem a uma vaga no sistema público de saúde português.

O documento foi encaminhado a várias universidades brasileiras, que o estão replicando a seus ex-alunos e a funcionários de hospitais ligados às instituições. As vagas são para cuidados de saúde primária.

Os contratos emergenciais com o selecionados terão duração de três anos, com salário bruto mensal de 2.683,21 euros (cerca de R$ 16 mil). Está previsto tíquete-refeição de 6 euros (R$ 34) por dia efetivo de trabalho.

A carga horária será de 40 horas semanais, com a possibilidade de a jornada ser cumprida em quatro dias. Há chance de os municípios oferecerem um local de moradia para os médicos em um local próximo do trabalho.

A meta do governo de Portugal é contratar até 300 médicos de toda a América Latina para esse projeto emergencial, de forma a suprir a demanda crescente por atendimento em várias regiões do país.

Pelo comunicado do SNS, neste convênio, as contratações serão feitas para Lisboa e Vale do Tejo, para o Alentejo e para o Algarve, localidades que têm sofrido com a escassez de médicos de família.

Os candidatos terão, porém, de cumprir alguns requisitos, como o reconhecimento de qualificações estrangeiras, quer dizer, será feita uma análise para ver se o currículo se encaixa à formação acadêmica exigida em Portugal.

Será dada preferência para os médicos com mais de cinco anos de experiência. As inscrições podem ser feitas pelo endereço recrutamento.medicos@acss.min-saude.pt.

A decisão do governo de Portugal de buscar médicos no Brasil e nos demais países da América Latina ocorre num momento em que os profissionais portugueses anunciam greve para os dias 1 e 2 de agosto, início da Jornada Mundial da Juventude, que contará com a presença do Papa Francisco.

Vicente Nunes