A gula do Palácio do Planalto por cargos no Banco do Brasil

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A saída de Rubem Novaes da presidência do Banco do Brasil reacendeu, entre integrantes do Palácio do Planalto, o apetite para abocanhar algumas funções estratégicas na instituição, em especial, nas áreas de comunicação e marketing.

Para isso, tiraram da gaveta o discurso de que, passados quase dois anos de governo Bolsonaro, ainda não houve a despetização total do maior banco público do país.

Citam, como exemplo, Paulo Rogério Caffarelli, que presidiu o BB e, hoje, está no comando da Cielo, empresa de maquininhas de cartões na qual a instituição tem participação acionária, mas é controlada pelo Bradesco.

Na cabeça desse povo, Cafarelli, que foi secretário executivo de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, é petista e deixou uma série de seguidores no Banco do Brasil.

Em nota enviada ao Blog, diz que é um técnico e sempre exerceu, de forma profissional, todos os cargos pelos quais passou, seja no governo, seja na iniciativa privada.

Veja a nota de Caffarelli:

“Gostaria de registrar que sou técnico concursado e exerci vários cargos no Banco do Brasil por mais de 37 anos de carreira. Ocupei a secretaria executiva do Ministério da Fazenda entre 2014 e início de 2015, presidi o Banco do Brasil na gestão do presidente Michel Temer por um ano e meio, como ocupei cargos importantes no BB na gestão Fernando Henrique Cardoso. Portanto, é totalmente descabido e leviano tentar vincular o meu nome a qualquer partido político. Sempre exerci minhas funções de forma profissional, seja no governo ou na iniciativa privada. Registro ainda que não tenho qualquer ingerência na atual gestão do Banco do Brasil.”

Brasília, 16h01min

Vicente Nunes