A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) afirma que o novo aumento de 9,15% no diesel derruba de vez a alegação de que o custo do biodiesel, misturado ao produto que é oferecido aos usuários, é o culpado pelas seguidas elevações de preço. O diesel acumula 93,09% de alta em 12 meses; já o biodiesel, 6,55%, diz a FPBio.
Neste ano, o governo reduziu em 23% (de 13% para 10%) a mistura do combustível limpo ao diesel esperando economizar alguns centavos por litro. Não deu certo. Com isso, desestabilizou toda a cadeia produtiva desse combustível 100% nacional, ampliou as importações de diesel mineral e afrontou metas da política ambiental, o que pode inibir investimentos no país.
Em outra ação, aponta a FPBio, decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) poderá provocar aumento também no preço do biodiesel da ordem de 12%. Nada a ver com a variação do preço da soja, matéria-prima do biodiesel. Mas, sim, com o repasse ao preço de um novo encargo de ICMS, a ser bancado pelos produtores a partir de janeiro nas operações de venda.
A Frente Parlamentar já alertou o governo sobre isso e defende que o CNPE reconsidere seu posicionamento.
Brasília, 15h52min