Segundo o secretário de Gestão do ministério, Cristiano Heckert, além dos servidores próximos de atingirem as condições de se aposentar, o governo conta hoje com 67 mil pessoas que já poderiam ter parado de trabalhar, mas continuam exercendo plenamente as suas funções. Como são consideradas estratégicas dentro do serviço público, recebem o abono de permanência. Para o ministério é mais barato pagar esse adicional, que custa mais de R$ 1 bilhão por ano, do que ampliar os gastos com aposentadorias e ter de repôr as vagas.
A determinação do Ministério da Economia, pelo menos até o fim de 2021, é de fazer o mínimo possível de concursos públicos. As seleções estão permitidas apenas para o preenchimento de funções consideradas essenciais. Nas contas do governo, não há porque inchar a máquina federal, pois, em média, o Tesouro Nacional banca os servidores por 60 anos. Heckert destaca, ainda, que o avanço da tecnologia está permitindo expressiva economia ao governo. Do início de 2019 até agora, a digitalização dos serviços permitiu que a sociedade poupasse R$ 1,8 bilhão.
“Claro que vamos continuar precisando de pessoas, mas tudo o que for possível será automatizado. Dos 3.740 serviços prestados pelo governo, 2.231 já estão digitalizados”, afirma o secretário. Ele ressalta que é preciso olhar cada órgão do governo de forma isolada nessa questão de pessoal. No Incra, por exemplo, dos 3.547 servidores da ativa, 1.094 estarão aptos a se aposentar nos próximos cinco anos. No Ministério da Cidadania, de 1.457 ativos, apenas 89 reunirão condições de parar de trabalhar até 2025.
Brasília, 09h50min