Pelos cálculos do banco, 7,6 milhões de trabalhadores poderão sacar R$ 10,8 bilhões. A ansiedade é grande, uma vez que o dinheiro disponível será usado, na maior parte dos casos, para o pagamento de dívidas em atraso.
A Caixa ainda não bateu o martelo, mas é possível que, como nos dois lotes anteriores, parte das agências abra mais cedo para atender os trabalhadores de forma a evitar transtornos. Ainda há muita gente com dúvidas em relação aos saques.
A expectativa do governo é grande quanto ao impacto dos saques do FGTS na economia. Estão sendo disponibilizados R$ 43 bilhões, dos quais mais de R$ 17 bilhões já foram retirados. Pela projeção da equipe econômica, ao longo do tempo, a injeção dos recursos na economia poderá resultar em incremento de 0,4% a 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB).
Calendário
Pelo calendário definido pelo governo, o prazo final para saques de contas inativas do FGTS é 31 de julho. Depois disso, o dinheiro voltará a seguir as regras tradicionais do fundo, como o uso do dinheiro para a compra da casa própria e em caso de demissão sem justa causa.
Em 12 de maio começam a contar os prazos para os nascidos em junho, julho e agosto. Em 16 de junho, poderão retirar as quantias liberadas os nascidos setembro, outubro e novembro. Em 14 de julho, os recursos estarão liberados para os trabalhadores nascidos em dezembro.
Pesquisas de mercados mostram que, do dinheiro que já foi sacado, entre 20% e 50% foram direto para o consumo e o restante, para o pagamento de dívidas. Nos cálculos do Ministério do Planejamento, até 80% do dinheiro liberado podem ter ido para compras de bens e de serviços.
Técnicos do Planejamento dizem que, mesmo que, num primeiro momento, o dinheiro do FGTS não tenha sido destinado diretamente para bens e serviços, o fato de as famílias estarem limpando o orçamento abre a perspectiva de consumo futuro, o que ajudará a impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB).
Brasília, 13h17min