4,8 milhões de pessoas poderão sacar FGTS a partir do dia 10

Publicado em Economia

A Caixa Econômica Federal montou uma verdadeira operação de guerra para dar início, na próxima sexta-feira, 10 de março, à liberação de recursos de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

 

A determinação do Palácio do Planalto é para que não haja qualquer problema operacional que possa ofuscar a medida, considerada muito positiva pelo governo, sobretudo neste momento político tão turbulento, com as temidas delações da Odebrecht.

 

Pelos cálculos de técnicos da Caixa, 4,83 milhões de trabalhadores terão direito a sacar recursos a partir do dia 10. São pessoas nascidas nos meses de janeiro e fevereiro. Esse contingente representa 16% dos cotistas do FGTS que têm direito a saques.

 

Serão liberados, aproximadamente, R$ 7 bilhões, levando-se em conta que cerca de 90% dos trabalhadores têm até R$ 1,5 mil para sacar. O valor oficial será divulgado pela Caixa na próxima terça-feira.

 

Todo o comando da Caixa está envolvido com a liberação das contas inativas. O governo precisa que tudo dê certo. O Planalto não quer saber de notícias de que os sistemas do banco falharam e de que filas enormes dificultaram os saques.

 

“Precisamos de muita notícia boa na economia para compensar o turbilhão político”, diz um assessor do presidente Michel Temer. “A liberação das contas inativas do FGTS é um trunfo”, acrescenta.

 

O cronograma para saques seguirá até 31 julho, impreterivelmente. Os trabalhadores nascidos em março, abril e maio poderão sacar os recursos disponíveis em abril. Já os que fazem aniversário em junho, julho e agosto poderão movimentar as contas em maio. Para os nascidos em setembro, outubro e novembro, os saques serão permitidos em junho. Aqueles que fazem aniversário em dezembro terão o dinheiro liberados em julho.

 

No total, 30,2 milhões de trabalhadores poderão sacar os recursos disponíveis nas contas inativas do FGTS. Os valores disponibilizados em 42 milhões de contas (há trabalhadores com mais de um registro no fundo) chegam a R$ 47 bilhões. O governo acredita, porém, que cerca de R$ 35 bilhões devem ser, efetivamente, sacados.

 

Brasília, 13h05min