POR ANTONIO TEMÓTEO
Desempregado e endividado, o brasileiro está raspando tudo o que tem na caderneta de poupança. Dados do Banco Central (BC) mostram que, apenas em outubro, os saques superaram os depósitos em R$ 2,7 bilhões. O valor é menor do que os R$ 3,2 bilhões das perdas registradas no mesmo mês de 2015.
No acumulado do ano, a saída de recursos atingiu R$ 53,2 bilhões. Entre janeiro e outubro do ano passado, o deficit foi maior e atingiu R$ 57 bilhões. Os brasileiros, segundo os especialistas, estão sendo obrigados a recorrem às economias para completar o orçamento mensal, uma vez que o salário deixou de ser suficiente para arcar com todas as contas.
A poupança sente ainda o impacto da baixa rentabilidade. Esse tradicional investimento vem perdendo, sistematicamente, para a inflação. Quem ainda consegue chegar ao fim do mês com alguma sobra do salário prefere aplicar em fundos de investimentos (renda fixa e DI) e em títulos públicos do Tesouro Direto.