Occhi, do PP, será o presidente da Caixa

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Em busca de apoio no Congresso para aprovar as medidas fiscais, o presidente interino, Michel Temer, fechou com o PP e Gilberto Occhi, que foi ministro das Cidades e da Integração Nacional no governo de Dilma Rousseff, será o presidente da Caixa Econômica Federal, em substituição a Míriam Belchior, que foi demitida hoje.

Havia uma pressão do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles para que o comando da Caixa ficasse com um técnico, de forma a dar maior respeitabilidade à instituição, que, nos últimos anos, sofreu forte influência política. A intervenção do Palácio do Planalto foi tão grande, que o banco se meteu em negócios duvidosos, que resultaram em grandes prejuízos. Mas acabou prevalecendo o acordo fechado com o PP.

Há o risco de o Tesouro Nacional ser obrigado a socorrer a Caixa, que já tem prejuízos com o próprio negócio. A instituição só consegue fechar o balanço com lucro graças às altas taxas de juros. Occhi é funcionário de carreira do banco, mas sua vinculação política incomoda os empregados, que vinham pressionando pela saída de Míriam Belchior.

A posse de Occhi deve ocorrer na próxima semana, junto com a de Paulo Rogério Caffarelli no comando do Banco do Brasil.

Brasília, 17h05min, atualizada às 19h05min

Vicente Nunes