Salvador ferve nas duas semanas que antecedem o carnaval. A música embala baianos e turistas, originários de diversas partes do país e do exterior, em shows e festas que ocorrem nos mais diversos locais da capital soteropolitana — do Teatro Castro Alves ao Pelourinho, do Farol da Barra a novos espaços no bairro boêmio do Rio Vermelho.
A terça-feira da bênção do Olodum no Pelourinho, que nesta terça-feira tem Daniela Mercury como convidada, é disputadíssima. O Castro Alves — tanto o teatro quanto à Concha Acústica — mantém agenda lotada de shows, protagonizados por alguns dos maiores nomes da MPB, assistidos por expressivas e calorosas plateias.
Na última sexta-feira, Gilberto Gil fechou a turnê o OK OK OK na Concha Acústica. O espetáculo, visto por público de quatro mil espectadores, foi gravado e vai ser exibido, em data ainda não definida, pelo canal Multishow. No sábado foi a vez de Zeca Pagodinho se apresentar na Concha.
Já Caetano Veloso, também no sábado, estreou o novo show no Castro Alves, acompanhado por dois virtuosos instrumentistas, o clarinetista Ivan Sacerdote (com quem lançou álbum recentemente) e o guitarrista Felipe Guedes. Ao apresentar os músicos, Caetano foi veemente, ao fazer defesa intransigente da cultura, vítima de perseguição e censura por parte de órgãos governamentais.
Posicionamento semelhante vem tendo o Bando de Teatro Olodum em nova temporada da comédia do comédia Ó paí ó!, no legendário Teatro Vila Velha, mo Campo Grande. Manifestações no mesmo tom ouve-se de quem visita o Memorial de Mãe Menininha do Gantois, no bairro Federação; e a Casa de Jorge Amado — que guarda o acervo de um dos mais importantes escritores brasileiros — no Rio Vermelho. Ambas mantêm-se visitadíssimos.
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