Nesta semana, Maria Bethânia e Zeca Pagodinho intensificam os ensaios para o show De Santo Amaro a Xerém, que estreia no dia 7 de abril, em Recife e, depois de passar por outras capitais, chega a Brasília em 30 de maio. O roteiro — assinado pelos dois — ainda não foi definido. Eles vão ser acompanhados pela banda formada por Paulão 7 Cordas (violão), Jaime Alem (violão), Romulo Gomes (baixo), Paulo Galeto (cavaquinho), Vitor Motta (sax e flauta, Marcelo Costa, Jaguara e Esguleba (percussão).
O show dirigido por Marcio Debellian em que Bethânia canta canções marcantes dos seus 53 anos de carreira, levado a algumas cidade no decorrer de 2017, ganhou registro recentemente, em apresentação no Vivo Rio, para DVD que vai ser lançado no segundo semestre. No repertório, bem eclético, foram reunidos desde a releitura da balada sertaneja É o amor, hit de Zezé de Camargo & Luciano ao clássico Olhos nos olhos, de Chico Buarque. Se juntam a elas, Esse cara (Caetano Veloso), Fera ferida (Roberto e Erasmo Carlos), Negue (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos).
Há ainda composições do baiano Roque Ferreira, um pot pourri de sambas de roda e uma homenagem ao percussionista pernambucano Naná Vasconcelos (1944/2-16), com Frevo nº 2 do Recife (Antônio Maria). À capella ela puxa o refrão de Vingança do amor (Tierry Coringa, Filipe Escandurras e Magno Santana), sucesso do cantor Pablo — aquele do “Tá doendo, é? Bem feito!”.
Vinte e oito anos depois juntar as vozes em estúdio, Bethânia e Gal Costa voltaram a gravar juntas. Minha mãe, parceria de Jorge Mautner e Césat Lacerda, é uma das músicas do novo CD de Gal Costa, que está sendo produzido por Marcus Preto.
Mautner escreveu a letra da música pensando nas mães das duas cantoras, Mariah Costa Penna e Canô Vianna Telles Velloso, cuja religiosidade foi herdada pelas filhas. Anteriormente, as duas estiveram lado a lado na gravação de Sol nwegro (Caetano Veloso), em 1965 — no início da carreira de ambas —, Sonho meu (Dona Ivone ara e Délcio Carvalho) e Mãe Menininha de Gantois (Dorival Caymm), entre outras. Em 1976, elas dividiram o palco com Caetano Veloso e Gilberto Gil no show da turnê dos Doces Bárbaros — visto pelo brasiliense no Ginásio Nilson Nelson.
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