Jackson do Pandeiro tem obra contada e cantada em musical

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Espetáculo do coletivo Barca dos Corações Partidos homenageia o Rei do Ritmo

Grupo que se especializou em produzir e apresentar musicais temáticos, Barca dos Corações Partidos, preparou um musical em homenagem a Jackson do Pandeiro. O espetáculo iria estrear em abril, no Rio de Janeiro e depois seguiria em turnê por outras capitais brasileiras. Mas por conta da pandemia, a agenda não pode ser cumprida. A peça, finalmente, vai ser apresentada hoje (10/10), às 20h, com transmissão simultânea pelo YouTube e Canal Bis.

José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro, nascido em 1919 em Alagoa Grande (PB), radicou-se no Rio de Janeiro na década de 1950, onde deu prosseguimento à carreira artística, iniciada no Nordeste. Por ser autor e intérprete de baião, coco, forró e samba, recebeu o codinome de Rei do Ritmo. Do seu vasto legado, registrado em mais de 10 discos — entre 78 rotações, compactos e LPs — destacam-se clássicos como Chiclete com Banana, Cantiga do sapo, O canto da ema e Sebastiana.

Crédito: @mangolim/Divulgação

Como o universo rítmico de Jackson do Pandeiro norteia toda a concepção musical do tributo, todas as composições citadas fazem parte do roteiro do espetáculo, com texto de Bráulio Tavares e Eduardo Rios, direção de Dudu Maia, e direção musical de Alfredo Del Penho e Beto Lemos. “Pode-se dizer que Jackson do Pandeiro era o Garrincha da música. Em sua obra, às vezes o texto aparecia em forma de música, às vezes como um poema musicado, sempre propondo uma nova brincadeira rítmica”, ressalta Tavares. O Rei do Ritmo morreu em 1982, em Sobradinho, aqui no Distrito Federal, para onde tinha vindo para show.

A Barca dos Corações Partidos já incursionou pela obra de Mário de Andrade (Macunaíma, Uma Rapsódia Musical) e de Ariano Suassuna (O Auto do Reinado do Céu); e encenou Ópera do Malandro (Chico Buarque) e Gonzagão — A Lenda, que em turnê pelo país, cumpriu temporada em Brasília, no Teatro da Caixa, em em 2012.

Irlam Rocha

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