Divinas Tetas reúne cerca de 30 mil pessoas no gramado da Funarte

Compartilhe

O carnaval de Brasília, com 120 blocos se apresentando no Setor Bancário Norte, Praça dos Prazeres (201 Norte), Complexo Cultural da Funarte, Setor Carnavalesco Sul, Setor Bancário Sul e e Eixão Sul, deu provas de um crescimento impressionante neste ano.

Isso ficou ainda mais claro na ressaca da folia, sábado último (29/2), quando algo em torno de 30 mil pessoas, no maior entusiasmo, se concentraram no espaço entre a Funarte e o Clube do Choro para cair na farra no embalo do Divinas Tetas.

Bloco cujo nome vem da letra de Vaca profana, clássico da obra de Caetano Veloso, imortalizado por Gal Costa, levou aquela multidão a cantar, dançar e celebrar a alegria do encontro durante cinco horas, entre 13h e 18h. Para tanto, revisitou o legado de artistas participantes da Tropicália, movimento que promoveu uma revolução na MPB, no final da década de 1960.

Chamou a atenção o fato de jovens, na faixa etária dos 17 aos 25 anos — maioria na plateia –, mostrarem conhecimento do repertório, fazendo coro para eternas canções de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Mutantes e Novos Baiano, às quais se juntaram sucessos de Jorge Ben Jor, Daniela Mercury, Araketu, entre outros.

Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press. Brasil. Brasilia – DF. Cidades. Ressaca do Carnaval 2020. Bloco Divinas Tetas.

Adolfo Neto (baixo e voz), Aloizio Michael (guitarra, baixo e voz), Samyr Aissami (guitarra e voz), Thiago Delimacruz (percussão), Caio Lívio (percussão), Guilherme Maranhão (bateria), Isadora Pina (saxofone alto e voz), João Oswald (saxofone tenor), Lili Santos (trombone), Lucas Tufas (percussão), Mariano Toniatti (percussão), Raíza Andrade (trompete), Rudá Carvalho (teclado e voz) e Thiago Bezerra (percussão e voz) formam o entrosadíssimo time do Divinas Tetas.

O bloco visto como um dos principais responsáveis pela evolução da folia brasiliense, de 2016 para cá, mostrou-se receptivo, ao acolher no palco convidadas como as cantoras Cris Pereira, Letícia Fialho, Vitória Cavalar e a percussionista Larissa Humaytá.

Músicos de outros blocos, como Aparelhinho, Brega & Rosas, Calango Careta e Essa Boquinha Eu Já Beijei prestigiaram a festa do Divinas Tetas. Foi uma demonstração de que a diversidade de propostas entre eles, se torna algo que os une.

Crédito: Arquivo pessoal
Irlam Rocha

Posts recentes

Opinião: Chico, gênio da raça

Desde que surgiu no cenário da Música Popular Brasileira (MPB), em 1966, ao vencer o…

5 meses atrás

Tim Maia será o grande homenageado do 31º Prêmio da Música Brasileira

O mais importante evento do gênero, no universo artístico nacional, o Prêmio da Música Brasileira…

6 meses atrás

Tom Zé ganha homenagem em show no Rio de Janeiro

Dono de uma das belas vozes da nova geração entre cantores da da MPB, o…

9 meses atrás

Brasília boa de dançar: as boates que marcaram a história da capital

https://www.youtube.com/watch?v=26Dqc_ZLuXM

10 meses atrás