NOVOS RUMOS À GREVE DO MPU E DO CNMP – SERVIDORES VÃO ACAMPAR EM FRENTE ÀS UNIDADES

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A diretoria do Sindicato Nacional dos Trabalhadores no MPU e CNMP (SinaseMPU) se reuniu ontem para definir os novos rumos da greve, que começou no final de janeiro.

Todos os participantes foram unânimes quanto à continuação da greve. Eles acham que esse é um momento histórico de união e luta dos servidores e que o movimento foi uma decisão da categoria. A diretoria conclamou todos os comandos de greve a acampar em frente às unidades do MPU. Em Brasília, o acampamento começa já a partir da próxima segunda-feira, para chamar a atenção da sociedade e dos procuradores.

A diretoria do Sinasempu destacou, ainda, que agora o mais importante é que se cobre do PGR, Rodrigo Janot, o atendimento aos pleitos administrativos, que não necessitam de PL, e dependem apenas da boa vontade dele. “Janot pode, com essa medida, demonstrar o mínimo de respeito para com os seus servidores”, afirma a nota do SinaseMPU”.

O diretor seccional de Goiás, Gilmar Barros Costa, disse que a sua base deseja o desatrelamento com o Judiciário, e que os colegas estão orgulhosos pela greve, que continua, porque estão mostrando à sociedade o arrocho e a insatisfação dos servidores.

NOVOS RUMOS Depois de muito debate na reunião da diretoria e das entidades sindiais, ficou decidido que: – A GREVE DEVE CONTINUAR até que os pleitos administrativos sejam atendidos; -O foco prioritário do movimento agora serão os pleitos administrativos, devendo ser agendada reunião com o PGR com essa finalidade, com urgência; – A luta pela inclusão da dotação orçamentária no anexo V da LOA /2015 continua, com articulação política dos diretores e servidores junto aos parlamentares; -O SINASEMPU vai entrar com instrumento judicial preventivo, imediatamente, contra possível desconto financeiro das horas não trabalhadas, em decorrência da greve; -As seccionais deverão contribuir com, no mínimo, 25% para ajudar na mobilização nacional e nas despesas com a greve. -Criação do grupo Comando de Greve para a postagem de mensagens

Arrocho salarial

De acordo com o Sinasempu – que engloba os MPs Federal, do Trabalho, Militar e do Distrito Federal -, os cerca de 15 mil servidores não recebem reajuste salarial há nove anos.

Eles querem reajuste de 56% –  o equivalente à recuperação das perdas do poder aquisitivo ao longo dos nove anos – nos salários e nos benefícios. Prometem, também, pressionar o Congresso Nacional a votar os Projetos de Lei (PLs 7.919/14 e 7.921/14) que elevam o valor das remunerações. Outra pauta histórica dos funcionários do MPU é a incorporação de 13,23% aos ganhos mensais, com correção monetária e juros de mora, a partir de maio de 2003.

O impacto do aumento é de R$ 1,6 bilhão, em seis parcelas até 2017. A primeira parte, a ser paga a partir de julho desse ano, é de R$ 300 milhões. A previsão é de que, ao final dos ajustes, os salários mensais para profissionais de nível superior passe de R$ 8 mil (início de carreira) a R$ 13 mil (fim de carreira) para R$ 9,8 mil a R$ 20 mil. Para os servidores de nível técnico, a melhoria será dos atuais R$ 5,4 mil a R$ 9 mil, para R$ 8 mil a R$ 12 mil.

Brasília, 17h30min