22 Luiz Bertazzo. Luiz Bertazzo, ator | Crédito: Julieta Bacchin

Vilão de “Ainda estou aqui”, Luiz Bertazzo está em “Vale tudo”

Publicado em Novela

Ator do ganhador do Oscar 2025 foi convidado para uma participação no remake do clássico da tevê

Patrick Selvatti

Em Ainda estou aqui, o grande antagonista da história é o regime militar que destruiu a família Paiva e se apresenta na figura de Schneider, o homem que prende Rubens Paiva (Selton Mello) no aclamado longa-metragem ganhador do Oscar. Intérprete do repressor que destrói a harmonia de Eunice Paiva (Fernanda Torres), Luiz Bertazzo poderá ser visto, em breve, na novela Vale tudo. É uma participação de poucos capítulos, mas o ator de 40 anos foi convidado especialmente para o papel no remake adaptado por Manuela Dias.

No remake, Bertazzo viverá Gervásio, um detetive contratado para localizar uma mala repleta de dólares de Marco Aurélio (Alexandre Nero). O item cairá nas mãos dos protagonistas Raquel (Taís Araújo), Ivan (Renato Góes) e Maria de Fátima (Bella Campos). Essa quantia em dinheiro (roubado, diga-se de passagem) promoverá uma grande virada na trama.

Vilão sofisticado

Sobre a obra brasileira ganhadora do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro — que está disponível no Globoplay —, Bertazzo reforça ter vivido “um sonho”. “Sem dúvidas, foi a realização de um sonho estar em cena com Fernanda Torres e Selton Mello, sendo dirigido pelo Walter Salles”, contou Luiz Bertazzo, que relembrou, ainda, o momento em que ouviu do diretor que sua atuação foi “capaz de mudar a temperatura do set”.  Fernanda Torres também destacou o trabalho de Luiz Bertazzo durante uma coletiva de imprensa na Mostra SP. “Os agentes da ditadura não são tratados como brutos e burros; pelo contrário, eles eram extremamente gentis na casa. E você vê no Bertazzo, da maneira como ele fez, que é um cara sofisticado. Você não está lidando com uma brutalidade burra”, declarou a veterana, que concorreu à Melhor Atriz no Oscar e ganhou o título no Globo de Ouro.

Essa não é a primeira vez que o artista sul-matogrossense participa de um festival internacional importante. Em 2020, seu primeiro longa-metragem como roteirista, Alice Júnior, foi selecionado para o Festival de Berlim. Em 2024, também teve sua imagem projetada no Festival de Cannes, no filme Baby, de Marcelo Caetano.