Trio de protagonistas comenta “Três Graças”, a próxima das nove

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Dira Paes, Sophie Charlotte e Alana Cabral representam três gerações de uma mesma família enfrentando destinos similares e luta por justiça

Patrick Selvatti

A próxima novela das 21h da TV Globo, Três Graças, promete mergulhar em temas fortes e atuais através da história de três mulheres unidas por um mesmo sobrenome e um destino repetido: a gravidez na adolescência. Dira Paes, Sophie Charlotte e Alana Cabral vivem, respectivamente, Lígia, Gerluce e Joélly, a matriarca, a mãe e a neta da família Maria das Graças.

Moradoras da comunidade fictícia da Chacrinha, em São Paulo, as três personagens centrais veem suas vidas se cruzar com um ciclo difícil de quebrar. Lígia é a base da família, uma mulher doce e resiliente que criou a filha sozinha, sem o apoio do pai, Joaquim (Marcos Palmeira). Seguindo seu exemplo, Gerluce tornou-se uma mulher forte e batalhadora, que também enfrentou a maternidade solo muito jovem, após um relacionamento com o chefão do tráfico Jorginho Ninja (Juliano Cazarré). Agora, a obsessão de Gerluce é evitar que a própria filha, Joélly, de 15 anos, repita a história. No entanto, a jovem descobre estar grávida logo no início da trama. O pai é Raul (Paulo Mendes), um rapaz rico e problemático, filho da patroa de Gerluce, que frequenta a comunidade em busca de drogas e deve uma grande quantia ao traficante local, Bagdá (Xamã).

Um ciclo que se repete

Em entrevista, Dira Paes reflete sobre a força de sua personagem e o tema central: “A gente vai trazer à tona essa tríade de mulheres de diferentes gerações que vivem um ciclo parecido. E o que será que vai interromper esse ciclo?… É um olhar para uma personagem que vai representar muito bem a mulher que alicerça uma casa, a mulher que dá chão para as outras gerações virem”.

Já Alana Cabral define Joélly como uma jovem com dualidades: “Por ter sido criada em um ambiente só de mulheres fortes, a Joélly tem uma sagacidade e uma esperteza que lhe dão uma certa independência… Ao mesmo tempo, ela é extremamente sonhadora e romântica, acredita muito no amor”. A personagem esconde da família a identidade do pai do bebê e os problemas do relacionamento, contando apenas com o apoio da melhor amiga, Kellen (Luiza Rosa).

Além da maternidade

A trama vai além do drama familiar. Gerluce, que assume o emprego de cuidadora de idosos que a mãe, doente, precisou deixar, descobre um esquema criminoso que afeta diretamente sua família e toda a comunidade. Ela percebe que a fundação gerida por sua patroa, Arminda (Grazi Massafera), e o amante dela, Santiago Ferette (Murilo Benício), distribui remédios falsos (com farinha) para a população carente, agravando a doença de sua mãe e de outros moradores.

A descoberta coloca Gerluce em um dilema ético perigoso. Com o apoio da farmacêutica Viviane (Gabriela Loran), ela precisa decidir até onde ir para enfrentar pessoas tão poderosas e reparar a injustiça.

Sophie Charlotte comenta o desafio de sua personagem: “Existe uma injustiça muito grave sendo cometida… E o que ela vai fazer com essa informação? Ela precisa cuidar da mãe… Ao mesmo tempo, é perigoso mexer com gente tão poderosa… Existe um desafio de como agir”.

Em meio à luta, a trama também reserva espaço para o amor. Gerluce, que praticamente não tem tempo para lazer, vive uma paquera com o motorista de ônibus Gilmar (Amaury Lorenzo). No entanto, é com o policial honesto Paulinho Reitz (Romulo Estrela) que ela encontra uma conexão verdadeira — um relacionamento que promete enfrentar seus próprios obstáculos. Apesar de todas as adversidades, Gerluce não perde a esperança de um futuro melhor para a filha, sempre incentivando o sonho de Joélly de cursar medicina.

Produção e estreia

Criada e escrita por Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva, com direção artística de Luiz Henrique Rios, Três Graças tem previsão de estreia para outubro, substituindo Vale tudo. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim, com produção de Gustavo Rebelo e Silvana Feu. A novela promete um mix de drama familiar, romance e uma forte crítica social, mostrando a força e a resiliência das mulheres periféricas.

Patrick Selvatti

Sabe noveleiro de carteirinha? A paixão começou ainda na infância, quando chorou na morte de Tancredo Neves porque a cobertura comeu um capítulo de A gata comeu. Fã de Gilberto Braga, ama Quatro por quatro e assiste até as que não gosta, só para comentar.

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