Três produções na tevê e no streaming que debatem fé e religiosidade

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Reta final de 2019 e início de 2020 ficam marcados por produções que abordam o assunto religioso. Saiba quais são elas!

, religiosidade e existencialismo têm feito parte dos debates e das conversas desde dezembro do ano passado. Tudo começou com o Especial de Natal do Porta dos Fundos, da Netflix, que mostra Jesus como homossexual e chegou a ser censurado nos últimos dias.

Depois, o assunto continuou em voga com outras produções que chegaram à tevê e ao serviço de streaming: Dois papas, Deus me adicionou e Messiah. As três abordam o assunto de forma completamente diferente entre si e, por isso, têm chamado a atenção. Conheça um pouco sobre as produções!

Produções que debatem fé e religiosidade

Dois papas

Crédito: Netflix/Divulgação

Filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles, a produção é inspirada no livro homônimo de Anthony McCarten. No entanto, diferentemente da obra, segue um caminho em que mistura ficção e realidade.

A versão literária se debruça sobre a história de Bento 16 e Francisco, antes de se tornarem papas, desde a infância, a juventude e a vida adulta como religiosos até os conclaves que os elegeram, aproveitando para mostrar as polêmicas em que eles se envolveram, assim como a igreja.

No longa-metragem, essas histórias também são retratadas. A diferença é que, no filme, essa narrativa é contada por meio de um diálogo — imaginado — entre os dois papas. Na versão cinematográfica, a obra se fixa mais em Jorge Bergoglio, o papa Francisco, outra alteração na adaptação. Os personagens são vividos por Jonathan Pryce e Anthony Hopkins.

Bastante elogiado pelo público, o filme tem conquistado indicações a diversos prêmios, entre eles, importantes como o Globo de Ouro e o Bafta. Espera-se que esteja na lista de indicados aos Oscar, a ser divulgada na segunda-feira (13/1). Está disponível na Netflix.

Deus me adicionou

Crédito: Jonathan Wenk/CBS

No último dia 6, a Warner Channel lançou na programação a dramédia Deus me adicionou. De Steven Lilien e Bryan Wynbrandt, a trama se utiliza da contemporaneidade para debater o existencialismo. Isso acontece por meio da história de Miles Finer (Brandon Micheal Hall), um jovem completamente descrente de Deus e que, inclusive, levanta essa bandeira em um podcast.

Tudo muda quando ele recebe uma solicitação de amizade estranha em uma rede social: de Deus. Imaginando ser uma brincadeira, por conta do podcast, ele ignora o pedido, que toda hora volta, mesmo após ter sido cancelado. Miles, então, decide aceitar a amizade e, a partir daí, uma série de acontecimentos coloca as crenças do personagem em voga.

A mistura entre humor e drama é o grande trunfo da produção. Ao mesmo tempo em que tem momentos cômicos, a série consegue despertar questionamentos, principalmente, após se aprofundar na história de Miles, filho de um reverendo de uma igreja protestante que se torna cético após uma tragédia familiar.

Messiah

Crédito: Netflix/Divulgação

Depois do Especial de Natal do Porta dos Fundos, outra produção da Netflix criou polêmica ao retratar a religiosidade. É Messiah, série de Michael Petroni, que, em 10 episódios, mostra a chegada repentina e impactante de um messias (Mehdi Dehbi) à Síria em meio aos conflitos no Oriente Médio.

O personagem consegue mobilizar dois mil palestinos a andar pelo deserto, o que chama a atenção da CIA (Agência de Inteligente Americana). Cabe à agente Eva Geller (Michelle Monaghan) correr atrás para entender quem é esse homem e quais são as reais intenções dele. Em meio a isso, ela precisa lidar com os próprios dramas e com a mudança constante de lugar do messias, que, de uma hora para outra, aparece “operando” um milagre nos Estados Unidos.

A série sabe dosar muito bem o momento de dar informações e os quais reter, por isso consegue segurar o espectador. Outro ponto positivo é ter duas linhas de narrativa: a missão do messias e a vida pessoal e conturbada da agente Eva Geller. Por retratar o conflito do Oriente Médio e ter a presença da CIA e do FBI, tem ares de Homeland, em alguns momentos. Também é interessante a escolha da produção de abordar como seria a reação no mundo atual da chegada de uma figura religiosa e a constante mudança de idioma, indo do árabe ao inglês.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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