Recentemente, os serviços Netflix, Amazon e Disney+ ganharam produções de emocionar: o encerramento da trilogia Para todos os garotos, The map of tiny perfect things e Clouds
O início do ano no streaming foi de lançamentos voltados para emocionar o espectador. Seja com histórias românticas, seja com narrativas que envolvem situações dramáticas. Ou ainda em produções que misturam esses dois elementos.
Nessa atmosfera, a Netflix trouxe o encerramento da trilogia Para todos os garotos. Enquanto isso, o Disney Plus finalmente divulgou Clouds, aguardado sucesso internacional, no catálogo. Já a Amazon Prime Vídeo apostou em The map of tiny perfect things.
O Próximo Capítulo assistiu aos três filmes e te conta por que você precisa vê-los se for um fã de tramas românticas e dramáticas.
Para todos os garotos: Agora e para sempre
Lançado no último dia 12 na Netflix, Agora e para sempre é o terceiro filme da saga que estreou em 2018 com Para todos os garotos que já amei. A franquia é inspirada na série de livros homônima de Jenny Han. O primeiro longa-metragem teve direção de Susan Johnson e apresentou a romântica Lara Jean (Lana Condor), que escreveu cartas secretas para os jovens que ela se apaixonou algum dia na vida. Porém, os relatos acabaram chegando até eles.
Um dos destinatários foi Peter Kavinsky, personagem de Noah Centineo. No primeiro longa-metragem, o espectador acompanhou o início do romance do casal. Na sequência, lançada em 2020, PS: Ainda amo você, um terceiro personagem aparece para atrapalhar o consolidado namoro, outro destinatário das cartas de Lara, John Ambrose (Jordan Fisher).
No terceiro e último filme, o desafio de Peter e Lara é a distância. Com a proximidade do término do ensino médio, o casal se vê em conflito com a possibilidade de afastamento ao escolherem universidades distintas e em locais distantes nos Estados Unidos. Assim como o segundo longa, Agora e para sempre tem direção de Michael Fimognari.
Apesar de ser a produção mais fraca da trilogia, Agora e para sempre é essencial para quem assistiu os dois primeiros filmes ou acompanhou a saga nos livros. Afinal, a obra encerra a história iniciada em 2018 nas telas.
Com muitos clichês (inclusive, os fofos) e até certo ponto sem muito desenvolvimento no roteiro, Para todos os garotos 3 foca, principalmente, na maturidade e individualidade de Lara. Também há espaço para os personagens coadjuvantes, como o pai Covey (John Corbett), que parte para um novo casamento, e Kitty (Anna Cathcart), que se apaixona pela primeira vez, em enredos bem mais interessantes do que da protagonista.
Clouds
Desde que o Disney+ estreou no Brasil existia a expectativa em torno do lançamento de Clouds no catálogo brasileiro. Lançado em outubro do ano passado nos Estados Unidos, o filme fez bastante sucesso com o público jovem e chegou ao país em 29 de janeiro.
O roteiro tem como base o livro Fly a little higher: How God answered a mom’s small prayer in a big way, de Laura Sobiech. Numa mistura de drama e romance, Clouds retrata, em formato ficcional, a história real do cantor e compositor norte-americano Zach Sobiech, um jovem que se tornou famoso ao lançar um single intitulado Clouds (daí o nome do filme), antes de morrer de um câncer terminal em 2013. Na produção, o músico é interpretado pelo ator Fin Argus.
O longa-metragem se aprofunda na narrativa de Zach de superação e de luta contra um câncer, ao mesmo tempo em que mostra os sonhos concretizados do garoto e também a vida amorosa. Cabe até um triângulo envolvendo a namorada Amy (Madison Iseman) e a melhor amiga Sammy (Sabrina Carpenter), essa última com quem se une para realizar o desejo de deixar uma marca antes de morrer: espalhar seus pensamentos em formato de música.
O filme é daqueles de emocionar ao mesmo estilo das tramas de Nicolas Sparks, John Green e companhia. Além disso, tem uma trilha sonora muito boa, impulsionada pelo hit Clouds. Vale destacar também a presença de Neve Campbell, conhecida pela saga Pânico, dando vida a mãe Laura Sobiech.
The map of tiny perfect things
Também lançado em 12 de fevereiro no streaming, The map of tiny perfect things é outra obra inspirada num livro homônimo. Dessa vez de Lev Grossman. A adaptação, que tem o roteiro do próprio autor com direção de Ian Samuels, acompanha a história de Mark (Kyle Allen), um jovem que vive numa anomalia temporal e acorda todos os dias para reviver o mesmo dia. Tudo muda quando ele descobre que não vive essa prisão temporal sozinho. O mesmo acontece com Margaret (Kathryn Newton).
Inicialmente, a trama pode parecer batida. Afinal, um personagem preso num mesmo dia não é bem uma novidade no mundo do audiovisual. No entanto, a forma como anomalia é tratada é interessante. Mesmo que as repetições aconteçam, elas não cansam o espectador, porque há sempre um dinamismo. A química entre o casal de atores é ótima e a trama consegue, em sua maioria, ser bem leve.
A parte final do filme, surpreende. Não pelo desenrolar de alguns fatos — que logo o espectador consegue prever –, mas pelo modo que a história justifica a anomalia numa narrativa tocante.