The White Lotus não muda tanto, mas agrada pela competência e ousadia

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O Próximo Capítulo assistiu à série e passa as impressões dessa aguardada terceira temporada da produção HBO

Por Pedro Ibarra

A mistura de comédia, drama e mistério de The White Lotus volta a ser exibida na HBO e na plataforma da Max a partir de hoje. A série retorna após quase três anos, desta vez com uma narrativa situada na Tailândia. São novos personagens envolvidos em mais uma trama embaralhada, em que o público sabe que pelo menos uma pessoa morreu, mas não sabe quem é essa pessoa, nem quem praticou esse crime.

O Próximo Capítulo teve acesso antecipado à série. A garantia é de que o formato que agrada ao público permanece intacto. O terceiro ano da produção traz grandes atores, interpretando papéis excêntricos e interessantes, divididos em núcleos que se esbarram quase sem querer. O principal fato também permanece: todos ali têm motivos para matar alguém.

De primeira, o que se destaca são as atuações do casal Jason Isaacs e Parker Posey e do intérprete do filho, Patrick Schwarzenegger. Walton Goggins está muito potente em um papel perturbado e a kpopper LISA, que assina como Lalisa Manoban, é uma grata surpresa.

A paisagem tailandesa é distinta e chama muita atenção na temporada. Principalmente, porque a religião e a relação do país com a fauna é um toque de mistério que ronda a série. Os sons e a música também são cruciais para o bom clima de tensão construído, e a amada música da abertura muda, mas não se perde sendo importante durante os episódios.

O que importa é que novamente a série traz uma narrativa completamente imprevisível, muitas vezes incômoda e de uma ousadia no limite do que é deglutível para o grande público. O criador Mike White traz uma história que sabe escalar até as últimas consequências, estranha na medida certa e instigante demais.

Consolidada entre os principais títulos da geração, The White Lotus faz o simples de forma competente e o diferente que atrai o público. O retorno da série é quase um manifesto de que, no meio da saturação do suspense, ainda existem histórias originais capazes de mover o público.

Pedro Ibarra

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