A história se passa nos anos de 1930, e mostra os bastidores de um estúdio cinematográfico de Hollywood. O roteiro tenta explorar o lado “sujo” da indústria, algo que também era o objetivo de Fitzgerald, que passou os últimos anos da sua vida trabalhando para estúdios, de onde tirou inspiração para seu último livro.
Kelsey Grammer interpreta Pat Brady, um dos grandes empresários do ramo cinematográfico, patrão de Monroe Stahr, interpretado por Matt Bomer, e pai de Celia Brady, vivida por Lily Collins. Apenas neste pequeno núcleo, há carisma para dar e vender. Rostos conhecidos e adorados pelo público, que já interpretaram muitos personagens queridos. Mas será que este elenco é suficiente para segurar a produção?
Antes de tudo, um pequeno background: Fitzgerald é conhecido por escrever principalmente sobre a era do jazz nos Estados Unidos, uma fase que ocorreu mais ou menos nos anos 1920. Porém, seu trabalho era cheio de críticas ao “estilo de vida americano”, ao “sonho americano”, e à futilidade que cercavam personalidades ricas e famosas. No Brasil, o nome pode não ser tão famoso, mas ele está no roll dos principais escritores lá na terrinha do Tio Sam. O Grande Gatsby, por exemplo, figura como o segundo melhor romance em inglês na lista da Modern Library, ficando atrás apenas de Ulisses. O Último Magnata é um livro que foi lançado de forma póstuma e inacabada.
As obras dele foram adaptadas diversas vezes para o cinema, TV e teatro. Uma das maiores dificuldade enfrentadas pelos diretores parece ser fugir um pouco do brilho da época representada. Esse foi um problema que Baz Luhrman, por exemplo, teve em O Grande Gatsby. Ele abusou muito do brilho, do glamour, do jazz, se deliciou no cenário, nos figurinos e nos tipos representados na obra, e acabou se perdendo um pouco na hora de transmitir as palavras do autor. Em The Last Tycoon, dá para perceber que a produção se preocupou com esse lado, mas acabou pecando do mesmo jeito. A forma como o roteiro tenta deixar claro que entendeu as críticas feitas por Fitzgerald soa forçado, e um dos traços mais marcantes da escrita desaparece: a sutileza.
Mas nem por isso o visual foi deixado de lado. Qualidade Amazon é outra coisa, não é mesmo? Que delícia apreciar o cenário e os figurinos dessa série. Um dos pontos altos, sem dúvida nenhuma. Por outro lado, é um pouco triste ver nosso queridíssimo Matt Bomer interpretando um personagem que infelizmente é bem unidimensional, e não faz jus a história original.
Apesar do roteiro não explorar muito bem algumas linhas narrativas que poderiam ser bem interessantes, como a influência dos nazistas em Hollywood, acho que essa é uma série que vale o tempo do público. A comparação entre o livro e a série deixa a produção televisiva em larga desvantagem, mas como o assunto fascina muita gente, os atores são bons (atuações excelentes, de grande parte do elenco) e há muita profundidade entre os relacionamentos dos personagens, o saldo final é positivo.
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