Comédia The good place estreia nesta quinta na Netflix

Compartilhe

Confira a crítica de The good place, que chega em 21 de setembro ao serviço de streaming Netflix

Você é uma boa pessoa? Quer dizer, você acha que vai para o paraíso quando morrer? Ou talvez, outro lugar?

The good place parte dessas perguntas para apresentar a história de Eleanor Shellstrop (Kristen Bell), uma garota de péssima personalidade, que por um “erro de sistema” de Deus, acaba indo para o céu, mesmo merecendo o inferno.

Crédito: Justin Lubin/NBC – Kristen Bell está no ápice de sua evolução cômica em The Good Place

Óbvio que a série não inclui no roteiro as palavras “Deus”, “céu” ou “inferno”, mas as referências construídas, essencialmente, têm esse propósito. O primeiro impacto de The good place é colocar na cabeça do telespectador o persistente pensamento: “que ideia boa”. O melhor é que Michael Schur, criador da série, sabe do poder do enredo da série e tenta a todo custo desenvolver mais e mais a história.

O público é apresentado a Michael (Ted Danson), o responsável pelo “lugar bom”, ou seja, uma espécie de assistente de Deus, que tenta controlar aquele espaço que, teoricamente, deveria ser um paraíso, mas que se torna um caos depois da chegada de Eleanor. O problema é que a presença da garota no lugar traz “desequilíbrios naturais” que fazem Michael frequentemente se sentir inseguro, ou perder a paciência.

Crédito: Vivian Zink/NBC – Bom duo entre os protagonistas

No pavor de ter o “erro” revelado e ser mandada para o “lugar ruim”, Eleanor tem que enfrentar o desafio de se tornar uma pessoa muito boa em um curto espaço de tempo, ou então suas maldades destruirão o paraíso.

As piadas são bem construídas, o piloto é solidamente montado, os atores entregam um excelente trabalho – Kristen Bell, inclusive, provavelmente em seu melhor momento –, e a ideia de que a série teve o raro sucesso em apresentar uma narrativa relativamente inédita também ajuda muito na identificação do público com a história. Mesmo assim, ainda fica uma desagradável sensação de que The good place não anima tanto.

Crédito: Robert Trachtenberg/NBC – Por mais que seja inteligente, ‘The Good Place’ não consegue engrenar um bom ritmo

O grande erro da série é apostar em um ritmo lento. Por mais que a ideia seja boa, o elenco seja ótimo e a história cronologicamente bem sustentada, ao fim do episódio piloto não há uma vontade em continuar a assistir a saga da diabinha no céu.

Em síntese, é uma boa série – com uma boa ideia –, que vale a hora de entretenimento, mas que dificilmente vai te prender além do piloto.

Ronayre Nunes

Jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). No Correio Braziliense desde 2016. Entusiasta de entretenimento e ciências.

Posts recentes

Uma comédia romântica musical

"Coração acelerado" vem aí para transformar o sertanejo em palco para romances, intrigas e empoderamento…

2 dias atrás

Com Grazi Massafera, Dona Beja estreia em fevereiro na HBO Max

Plataforma de streaming marca data para disponibilizar a nova novela original, que traz Grazi Massafera…

2 semanas atrás

Marina Rigueira celebra destaque de personagem em “Dona de mim”

Ela vive a advogada Vivian, que ganha profundidade na relação com a família Boaz na…

4 semanas atrás

Arthur Monteiro celebra realização de sonho com “Arcanjo renegado”

O ator Arthur Monteiro, 41 anos, estreia no Globoplay na quarta temporada da série de…

4 semanas atrás

Após cangaço, Romeu Benedicto mergulha na máfia dos jogos

Em Os donos do jogo, da Netflix, ator vive o deputado Mandele Neto, autor do projeto…

4 semanas atrás

Análise: Avenida Brasil 2 — como seria a nova história?

Em meio às especulações sobre a continuação do sucesso escrito por João Emanuel Carneiro em…

4 semanas atrás