Crédito: Warner Bros/Divulgação. Elenco da série The Big Bang Theory. Crédito: Warner Bros/Divulgação. Elenco da série The Big Bang Theory.

The Big Bang Theory: Série chega ao fim na 12ª temporada

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Anúncio do encerramento de The Big Bang Theory, na 12ª temporada marca, o fim de uma era na televisão

Com 11 temporadas no ar e a 12ª prevista para estrear em 24 de setembro nos Estados Unidos (ainda não foi divulgada a data em que a nova temporada da sitcom chega à programação da Warner no Brasil), The Big Bang Theory já figura entre as séries mais longevas da história da televisão norte-americana, sendo sucesso de audiência e aclamada pela crítica por ter sido a primeira produção da tevê a acompanhar o dia a dia de um grupo de nerds.

Até por isso, o anúncio nos últimos dias da conclusão da história da série na próxima temporada pegou todo mundo de surpresa. Imprensa, fãs e até o elenco, de certa forma. A história que circula nos bastidores é que o ator Jim Parsons, o Sheldon Cooper, tenha sido o principal responsável pelo cancelamento.

Ele teria dito que não renovaria o contrato por achar que a história de seu personagem já havia sido concluída, o que faz sentido. No início da série, Sheldon é um personagem retraído e que conta apenas com os fiéis amigos, os também cientistas Leonard (Johnny Galecki), Rajesh (Kunal Nayyar) e Howard (Simon Helberg).

Ao longo desses 11 anos, Sheldon ficou amigo de Penny (Kaley Couco), uma aspirante a atriz e garçonete e agora representante farmacêutica, encontrou uma namorada Amy (Mayim Bialik) e se casou com ela. Além disso, o personagem ganhou uma série spin-off, em que Parsons é um dos produtores e narrador, a produção Young Sheldon. Ou seja, motivos realmente não faltaram para esse pensamento.

A própria CBS, responsável pela produção da sitcom nos EUA, se pronunciou na mesma linha. “Nós estaremos eternamente agradecidos por todo o apoio a série durante esses 12 anos. Nós, juntos com o elenco e equipe, estamos extremamente felizes com o sucesso do show e estamos preparados para dar um final épico à série”, afirmou Chuck Lorre, o showrunner de The Big Bang Theory.

Legado de The Big Bang Theory

Assim que estreou The Big Bang Theory fez história. Quem imaginaria que a história de um grupo de quatro nerds que interagem com a aspirante a atriz, que se torna vizinha deles, se tornaria um sucesso? Bom, Chuck Lorre e Bill Prady, os criadores da sitcom lançada em setembro de 2007 nos Estados Unidos, que acabaram prevendo o “boom” em torno da cultura nerd e geek, sucesso hoje em todo o mundo.

Crédito: Warner Channel/Divulgação. Série The Big Bang Theory.
Crédito: Warner Channel/Divulgação. Série The Big Bang Theory.

Apesar de ter começado com o quinteto, com o passar das temporadas, a série foi ganhando um reforço feminino no elenco, também em resposta ao crescimento das mulheres dentro dessa cultura pop. Assim chegaram ao elenco fixo as personagens Amy Farrah Fowler e Bernadette Rostenkowski, vividas pelas atrizes Mayim Bialik e Melissa Rauch, respectivamente.

Nesses anos todos, humorístico ganhou 60 prêmios e foi indicado a mais 200. O sucesso da produção também garantiu ao trio de protagonistas Jim Parsons (Sheldon), Kaley Couco (Penny) e Jonny Galecki (Leonard) os melhores salários da televisão norte-americana: US$ 1 milhão por episódio, mesmo valor que os atores de Friends ganhavam na época da série. Os salários só não foram maiores porque eles aceitaram manter o valor para que Mayim e Melissa tivessem um acréscimo, ganhando US$ 500 mil por capítulo.

Curiosidades

Prêmios
A produção já concorreu 16 vezes ao prêmio Emmy, o maior da tevê internacional. Seis dessas indicações foram para Jim Parsons, como melhor ator em série de comédia. O ator ganhou quatro vezes.

É tudo verdade
As referências científicas da série não são embromação, pelo contrário. A produção conta com consultores especializados, inclusive no elenco. David Saltzberg é doutorado em física e ajuda a criar o universo da produção. Já a atriz Mayim Bialik é doutorada em neurociência e, eventualmente, também ajuda a equipe de roteiristas com os termos técnicos.

Musical
The Big Bang Theory apostou nos hits e fez sucesso. Além da canção de abertura — The history of everithing, da banda canadense Barenaked Ladies — a série também popularizou a Soft Kitty (escrita por Edith Newlin) e a Bernadette’s song (escrita pelos próprios escritores). Falando em popularização, que atire a primeira pedra quem nunca soltou um “bazinga”.

Casal
A química de Penny e Leonard ultrapassou as telinhas durante um tempo. Os atores Kaley Couco e Johnny Galecki foram um casal na vida real. Eles ficaram juntos durante dois anos. Até hoje, os dois mantêm uma boa relação. No casamento de Kaley Couco neste ano, Galecki fez uma publicação fofa para ex parabenizando-a pela união.

Reis da durabilidade

Além de The Big Bang Theory, várias outras séries também provaram sucesso nas telas pela força da longevidade. Confira algumas!

Supernatural
A série de suspense fantástico já corre longe. A produção estreou em 2005 e está em sua 13ª temporada. Para se ter uma ideia de como a série é forte, a produção já aguentou a falência de uma emissora (A The WB, em 2006) e prospera firme e forte até hoje (no canal The CW). O roteiro é simples: os irmãos Sam e Dean Winchester viajam os Estados Unidos (e eventualmente o céu e o inferno) em busca de monstros supernaturais.

Crédito: Sony/Divulgação. Grey's anatomy
Crédito: Sony/Divulgação. Grey’s anatomy

Grey’s anatomy
Com 14 temporadas, é uma das séries mais duradouras da tevê atualmente, batendo a marca de 300 episódios sem perspectiva de fim. A história de um grupo de médicos (que já mudou substancialmente desde o começo, em 2005) segue firme na luta pela audiência e já gerou inclusive algumas derivadas, como Private practice e Station 19.

E.R.
Parece que o público norte-americano gosta de médicos. Outra grande consagrada de durabilidade é a produção do canal NBC, que ficou no ar 15 temporadas (331 episódios no total). E.R. virou um marco para a tevê dos Estados Unidos e pavimentou o caminho para várias outras produções do gênero, inclusive Grey’s anatomy.

Two and a half men
Com 12 temporadas, a série é outra campeã de duração. A história dos dois irmãos desregulados que são obrigados a viverem juntos fez muitos rirem, porém teve um fim triste. Após a briga do protagonista (Charlie Sheen) e o showrunner (Chuck Lorre), a série definhou e acabou se arrastando para um final inócuo em seu 262º episódio da saga.

Crédito: Syfy/Divulgação. Décima temporada da série Doctor who
Crédito: Syfy/Divulgação. Décima temporada da série Doctor who

Doctor who
A produção conta com um total de 36 temporadas. Foram 26, de 1963 até 1989, e mais 10, de 2005 e até 2018. A história do doutor que viaja o universo podendo trocar de corpo permitiu a série uma longevidade tão grande que a tornou um clássico atual. Foram quase 1000 episódios produzidos (sendo que 97 se perderam) — entre especiais e regulares — e um telefilme.

Gunsmoke
A série teve 20 temporadas (de 1955 até 1975) e tem o recorde de série contínua de ficção não animação mais longa da história da tevê. A série era um faroeste e acompanhava as aventuras de James Arness como o delegado Matt Dillon. A produção foi transmitida pela CBS e mudou de uma radionovela para uma série em 1955, mas já era transmitida no rádio desde 1952.

Colaborou Ronayre Nunes (estagiário sob a supervisão de Vinicius Nader)