Eles estão em todos os locais. Milhões e milhões investidos, produções que estão ganhando o tapete vermelho dos principais prêmios do mundo, conteúdos cada vez mais criativos. É indiscutível que os serviços de streaming foram o grande “turbo” da produção de entretenimento norte-americana nos últimos anos, transformando-se em um novo formato de negócios que está ganhando, exponencialmente, a atenção do público – e muito dinheiro.
Entretanto, comparar o streaming como um dos grandes rivais da televisão aberta (ou a cabo) parece ser, cada vez mais, um erro. O argumento de que as duas plataformas se completam pode ser uma das respostas para tentar entender todas as dúvidas que cercam o tema, principalmente depois de o streaming ter perdido (uma batalha, não a guerra) ao tentar implementar um importante segmento da tevê aberta: os talk-shows.
Não, pelo menos em um dos contextos mais importantes para os norte-americanos: o segmento dos talk-shows. O famoso – e pioneiro – formato sempre foi um sucesso de audiência nas terras do Tio Sam, tendo importantes referências nos três maiores canais de TV aberta dos Estados Unidos (Jimmy Fallon na NBC, Jimmy Kimmel na ABC, Stephen Colbert e James Corden na CBS), e alcançando até mesmo na tevê fechada (com John Oliver na HBO e Conan O’Brien na TBS). Com toda essa fatia de audiência sendo engolida pelos talk-shows, não é surpresa que os serviços de streaming tenham mirado o segmento para suas próprias produções. “Pena” que eles falharam.
Bem, falharam pelo menos na primeira grande tentativa. O programa Chelsea foi a grande aposta da Netflix para encabeçar os talk-shows no streaming, porém, após dois anos desde a estreia, o programa foi abandonado pela apresentadora Chelsea Handler, em comunicado feito pelo Instagram. Segundo Chelsea, o fim do programa foi graças a vontade de “viajar o país” para se tornar mais “politicamente ativa”. Mas é óbvio que uma grande audiência, com certeza, deixaria essa politização da apresentadora bem menos latente.
Chelsea ganhou grande reconhecimento no cenário de entretenimento norte-americano ao dirigir o talk-show Chelsea Lately, pelo canal fechado E!. Baseado essencialmente na cobertura da vida dos famosos, o programa se tornou uma das maiores audiência do canal e lançou Chelsea ao estrelato. A ida para a Netflix marcou grande campanha de marketing da distribuidora, e em 2014, o anúncio de Ted Sarandos – diretor de conteúdo da Netflix – levantou fortes expectativas para o segmento no streaming: “Junto com a Chelsea Handler, a Netflix está buscando reimaginar o futuro do formato dos talk-shows para uma geração on-demand”.
O fim do programa não significa – pelo menos necessariamente – que o formato nunca irá se encaixar dentro do contexto da streaming (até porque a Netflix já tem nova aposta para o segmento, o talk-show do icônico David Latterman, que estreia em 2018), mas o formato da tevê não precisa ser repetido na vertente on-demand.
Para o público em geral a notícia é boa. A expectativa é que novas distribuidoras de streaming ganhem, cada vez mais, terreno, e as apostas vão aumentar. Quem sabe os talk-shows não achem seu espaço na Netflix e no streaming em geral?
Ao Próximo Capítulo, os responsáveis pela série falam sobre o fato de ter se tornado…
Emissora apresentou os principais nomes do remake da obra icônica de 1988 que será lançada…
Ao Próximo Capítulo, a drag queen carioca fala sobre o sentimento de representar o Brasil…
Como nascem os heróis tem previsão de estreia no primeiro semestre de 2025, na TV…
Sam Mendes, Daniel Brühl, Jessica Heynes, Armando Ianoucci e Jon Brown comentam sobre a nova…
Volta Priscila estreou na última quarta-feira (25/9) e mostra um novo ponto de vista sobre…