Tá no ar: A TV na TV chega ao fim e a gente já está com saudades

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Último episódio de Tá no ar manteve a qualidade, adotou tom de despedida e brincou com a realidade. O programa de Marcelo Adnet vai fazer falta!

Desde o início desta temporada sabíamos que seria a última do Tá no ar: A TV na TV, de longe o melhor humorístico da TV aberta. Comandado por Marcelo Adnet e Marcius Melhem, o último episódio teve tom de despedida, mas sem perder a verve crítica que consagrou a atração. Foi fofo ver a logomarca da Globo chorando ao fim do episódio.

Logo de cara, uma paródia do clássico Vai passar, de Chico Buarque, elencou várias despedidas da televisão — do Viva o Gordo à Grande família, passando por Xou da Xuxa, pela saída de Fátima Bernardes do Jornal nacional e por atrações de outras emissoras, como Pica-pau e CQC. Aliás, o fato de brincar com a tevê em si, sem se prender a falar bem da Globo, era uma das marcas do Tá no ar. É uma das coisas que vão deixar saudades.

Marcius Melhem brilhou como Rick Matarazzo nas seis temporadas do Tá no ar: A TV na TV

Assim como vão fazer falta o reacionário nordestino que questiona a programação da Globo e que usava o bordão “isso a Globo não mostra”; as propagandas que brincam com famosos, como o Ricardo enlouqueceu, que na despedida mostrou Ricardo Macchi (o eterno Cigano Igor) dizendo que quer o Oscar; as críticas sociais embutidas de bom humor, como no Branco do Brasil e na Propaganda Profissional Gratuita, em que os atores se despiram dos personagens e foram pedir emprego por causa do fim do programa; o sem noção Rick Matarazzo; e Jorge Bevilacqua e seu Jardim Urgente.

O último episódio do Tá no ar: A TV na TV ainda relembrou bons momentos dos seis anos, como a participação de Fátima Bernardes rolando a escada, e a Vila do Chaves, crítica à eleição de Jair Bolsonaro levada ao ar este ano.

Tá no ar: A TV na TV termina no auge, deixando a certeza de que renderia mais temporadas. Isso fica bem claro com a presença do “filhote” Isso a Globo não mostra, quadro do Fantástico. É como um atleta que sai das quadras ainda conquistando títulos. Decisão difícil, mas necessária. É como disse a letra da paródia: “Foram seis anos no ar/ Pra que lamentar?/ Deixa saudades até o Viva reprisar”.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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