Quando acabamos de assistir ao décimo e último episódio da série Família ao resgate (Northem rescue), da Netflix, é inevitável a pergunta: isso não daria certo como um filme? E um filme da Sessão da tarde (nada contra!), daqueles de estourar pipoca e separar o lenço.
Isso acontece porque Família ao resgate não traz bons ganchos ou roteiro instigante ou pelo menos um drama bem construído, elementos que costumam pontuar boas séries dramáticas. Os capítulos trazem uma história linear que vai se repetindo a cada capítulo e se desenvolvendo a passos de tartaruga até o fim.
A série conta a história do casal Sarah (Michelle Nolden) e John West (William Baldwin), que tem três filhos: os adolescentes Maddie (Amalia Williamson), Scout (Spencer MacPherson) e a menina Taylor (Taylor Thorne). Logo no início, acompanhamos a narração de Maddie para os fatos.
A adolescente se revolta quando a mãe morre de câncer, deixando John e os meninos sem chão, pois Sarah era o alicerce da família. Eles resolvem, então, se mudar de Boston para a pacata Turtle Island Bay, carinhosamente chamada por John de “terra do nada” e onde mora Charlotte (Kathleen Robertson), a irmã de Sarah.
Como tragédia pouca é bobagem, a casa de Charlotte pega fogo e os cinco vão morar num parque aquático abandonado. A ação (tem ação?) de Família ao resgate se dá quando a família tenta se recuperar da perda de Sarah. Os estereótipos aparecem um a um: o pai que se atola no trabalho e se esquece do filho, a filha que se culpa pela morte da mãe e se revolta contra ela, o bom menino que busca refúgio na violência gratuita, os sinais que os filhos e o marido encontram para achar que estão se conectando com Sarah.
O elenco ajuda pouco Família ao resgate. O veterano William Baldwin (não confundir com o irmão mais famoso Alec e nem com os outros, Daniel e Stephen, todos atores) leva um baile do elenco jovem. Ele parece engessado, dono da mesma expressão sobressaltada sempre. Por outro lado, Amalia Williamson é o destaque da série, ao lado de Kathleen Robertson.
O roteiro de Família ao resgate é o que mais nos leva à certeza de que estaríamos diante de um bom filme água com açúcar. Apenas duas vezes, há ameaças de reviravoltas nos acontecimentos e em nenhum dos casos ela se concretiza. Maddie sabe (ou acha que sabe) de um segredo da mãe, que teria tido um amante. Mas o desenrolar dessa história (que seria interessante) demora dez episódios e tudo tem que ser resolvido em 40 minutos. Charlotte também tem um passado mal explicado e resolvido às pressas. O final deixa em aberto a possibilidade da segunda temporada de Família ao resgate. Lança um filme, gente!
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